A Petrobras e a Novonor (antiga Odebrecht) iniciaram oficialmente o processo de venda da Braskem. O pedido para a oferta pública secundária (follow-on), que será realizada no Brasil e no exterior, foi publicado na madrugada deste sábado (15) na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Estima-se que a oferta levante mais de R$ 8 bilhões.
De acordo com o documento da CVM, serão oferecidas até 154,886 ações preferenciais da série A da Braskem, na B3, e no exterior, sob a forma de recibos dessas ações, as ADRs. Não haverá colocação de lote adicional ou suplementar. Considerando o valor de R$ 52,16 do fechamento da última sexta (14), a oferta global movimentaria mais de R$ 8 bilhões.
“Tratando-se de uma oferta pública integralmente secundária, a oferta global é realizada exclusivamente pelos acionistas vendedores, sendo que a companhia não está realizando qualquer emissão, venda ou distribuição de ações”, disse a Braskem em comunicado.
Vale lembrar que a companhia petroquímica já enviou ao SEC, órgão responsável pelo mercado de capitais dos Estados Unidos, um pedido de oferta de ações onde a Petrobras e Novonor irão vender suas participações na empresa.
A petroleira detém 36,1% de participação na Braskem e a Novonor possui 38,3%.
A venda da Braskem pode ser cancelada?
A Petroplastic Indústria vem tentando evitar a venda de ações da Braskem pela Petrobras. A companhia já alertou a B3 e as Bolsas dos EUA que a venda da participação da petroquímica pode ser cancelada, caso saia vencedora do processo que contesta a perda do controle acionário da Triunfo.
“É a presente para informar que qualquer negociação ou venda das ações da Braskem pela Petrobras ocorridas na B3 poderá ser invalidada em caso de sucesso da Petroplastic no processo, bem como para solicitar a tomada de providências a fim de evitar negociações das ações BRKM5 na pendência do referido processo”, trecho do documento encaminhado à B3.