O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, declarou na quarta-feira (29) que a Petrobras tem uma função social e que deve unir esforços para realizar um reajuste nos preços dos combustíveis que estejam alinhados com o desenvolvimento do país. O presidente da Câmara, Arthur Lira, por sua vez, mencionou a criação de fundo para estabilizar os preços.
Para esse fundo, Lira falou sobre utilizar os recursos dos dividendos da empresa ou o capital relacionado ao gás do pré-sal.
Já o presidente da República, Jair Bolsonaro, assegurou que o preço do botijão de gás irá diminuir pela metade.
Por outro lado, o presidente da estatal, Joaquim Silva e Luna, garante que manterá a política de preços inalterada. Nesta semana, a Petrobras anunciou o aumento de quase 9% no diesel, após 85 dias sem reajuste. Contudo, a companhia anunciou um programa social de R$ 300 milhões para subsidiar o gás doméstico.
A pressão do governo sobre a Petrobras se dá pelos crescentes reajustes e pelo fato de que o Estado não possui Orçamento para subsidiar a queda dos preços. Além disso, a alta dos combustíveis também pressiona a inflação e o acúmulo dos avanços vira “uma bola de neve”.
Com os questionamentos partindo da população, o governo tentou responsabilizar os governos estaduais dizendo que o problema é o ICMS, mas, segundo a Veja, Arthur Lira reconheceu na quarta-feira que a culpa não é exatamente dos estados, que não elevam as alíquotas.
Na véspera, foi aprovado, na Câmara dos Deputados, o repasse de recursos para famílias carentes comprarem gás de cozinha através de programas sociais do governo.