O governo vem estudando a desestatização da Petrobras, através de um modelo de venda de ações sob controle do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), segundo fontes do Broadcast e Reuters. A previsão seria destinar os recursos arrecadados a fundos voltados para investimentos e ações sociais, além do pagamento da dívida pública.
Segundo as fontes ouvidas pelo Broadcast, a privatização da Petrobras possui mais apoiadores agora no governo, com estudos para ingresso da empresa no Novo Mercado, o mais alto nível de governança corporativa, também avançando.
Já de acordo com a fonte da Reuters, não existe um prazo para que o plano seja colocado em prática, sendo possível que a medida fique apenas para um eventual segundo mandato do presidente Jair Bolsonaro, caso ele seja reeleito.
O presidente Jair Bolsonaro, que era contra a privatização da estatal, agora já apoia a desestatização, e tem feito críticas à petroleira, principalmente sobre sua política de preços de combustíveis.
O banco possui ao menos R$ 30 bilhões em ações da Petrobras. A estimativa é que a instituição se desfaça desses papéis e, assim, a União perderia o controle da companhia. O plano inclui ainda, segundo o relato, a venda de outros ativos controlados pelo BNDES e pelo Tesouro.
Ao mesmo tempo, a ideia é que sejam estruturados fundos que receberiam verbas da venda desses ativos. Segundo esse membro do governo, do total de recursos que entrasse nesses fundos, 50% seriam direcionados para abater a dívida pública, 25% para investimentos e 25% para repasses a famílias mais pobres.