
A Petrobras (PETR3; PETR4) avalia ampliar sua influência sobre a Braskem, petroquímica da qual é a segunda maior acionista. Nesse contexto, a presidente da estatal, Magda Chambriard, sinalizou o movimento em entrevista recente ao destacar o interesse da companhia em exercer maior protagonismo na operação.
Segundo Chambriard, a Petrobras busca aprofundar as sinergias entre a petroleira e a Braskem. No entanto, na avaliação da executiva, a gestão recente da petroquímica não explorou esse potencial de forma plena. “A Petrobras quer mais poder sobre a operação dessa companhia”, afirmou.
Esse posicionamento surge após a Braskem informar que a Novonor assinou um acordo de exclusividade com a IG4 Capital para a venda de sua participação. Com a transação, a gestora passará a deter o controle acionário da empresa, com 50,1% das ações com direito a voto. Atualmente, a Petrobras mantém 36% do capital total e 47% das ações votantes.
CEO da Petrobras vê relevância estratégica
Para a presidente da estatal, a Braskem tem relevância estratégica para o grupo. “É uma petroquímica brasileira, a sexta maior do mundo, e tem tudo a ver com a Petrobras”, disse. Além disso, ela reforçou que o objetivo da companhia é integrar melhor os negócios e, assim, maximizar ganhos operacionais entre as empresas.
Ao comentar como esse maior poder pode se refletir em um novo acordo de acionistas, Chambriard afirmou que as negociações seguem em andamento. Segundo a executiva, a Petrobras pretende ampliar as sinergias com a Braskem, já que a gestão recente da petroquímica não explorou plenamente essa integração.
“A Petrobras quer mais poder sobre a operação dessa companhia”, reiterou.
Por fim, a CEO destacou que a estatal segue atenta a oportunidades alinhadas à transição energética e a ativos considerados estratégicos no Brasil. Ainda assim, ressaltou que, até o momento, a companhia não tomou decisões nem formalizou negociações nesse sentido.