O presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, declarou que não existe a possibilidade da estatal segurar os preços dos combustíveis em meio a cenário de valores elevados que pressionam a inflação e o orçamento dos brasileiros. As informações são da Reuters.
Desta forma, se o petróleo ou o câmbio apresentarem novas elevações, a Petrobras deve realizar um novo reajuste para os preços da gasolina e diesel para manter sua política seguindo em linha com as cotações globais.
Após 85 dias, a Petrobras realizou um ajuste, nesta semana, em que o diesel teve seu valor elevado em 9%, se contabilizados os avanços anteriores, os combustíveis na refinaria acumulam aumento de mais de 50%.
Essas elevações têm gerado desconfortos, tanto em parte da sociedade como entre os poderes, que têm se manifestado e pressionado a estatal a fim de fazer com ela cumpra a sua “função social”.
Mas Luna afirma que “a chance disso [segurar preços] acontecer é nenhuma”.
“Eu considero zero. A Petrobras é uma empresa muito regulada, com normas de conformidade. Nenhum colegiado vai aprovar uma coisa dessas”, declarou o presidente da estatal ao ser questionado sobre as consequências de uma empresa ser utilizada para controlar a inflação. Isso ocorreu em governos do PT e gerou prejuízos bilionários para a companhia, lembrou Luna.
“Nosso presidente [Jair Bolsonaro], ministro de Minas e Energia [Bento Albuquerque], ministro da Economia [Paulo Guedes], todos estão convencidos que isso não é solução, é destruição do esforço que foi feito para recuperar a companhia”, destacou ele.