O conselho de administração da Petrobras (PETR4) solicitou à empresa uma avaliação para a contratação de assessores individuais para cada um dos seus onze conselheiros, com remuneração estimada entre R$ 35 mil e R$ 90 mil, conforme informado pela CNN Brasil.
Segundo a publicação, os cargos seriam de livre nomeação, e a remuneração seria definida pelo próprio conselho. Além disso, foi apresentada uma demanda para que a estatal cubra os custos de cursos na área de óleo e gás para os conselheiros.
Os pedidos foram internamente encaminhados por indicados do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, incluindo o presidente do conselho da estatal, Pietro Sampaio Mendes, e o secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do ministério, Vitor Saback, de acordo com informações da CNN.
Fontes relataram surpresa com os pedidos, principalmente em relação ao custo individual dos assessores, uma vez que os onze conselheiros já contam com órgãos de assessoramento para auxiliá-los em suas decisões.
A Petrobras está analisando as demandas, e uma resposta e decisão são esperadas para a próxima reunião do conselho, que acontecerá em agosto.
Petrobras (PETR4) sofre campanha de desestabilização, diz CEO
O presidente da Petrobras (PETR3;PETR4), Jean Paul Prates, afirmou em seu Twitter (TWTR34) que a atual gestão da estatal sofreu uma “campanha de desestabilização” na semana passada. De acordo com Prates, um dos pontos mais criticados tem sido a sua atuação para avançar na exploração da Bacia da Foz do Rio Amazonas.
“Uma das diversas aleivosias que vimos nesta semana de desbragada, ainda que ineficaz, campanha de desestabilização da atual gestão da Petrobras foi a de que não estaríamos sendo enfáticos na defesa da campanha exploratória da Foz do Amazonas”, escreveu.
A Foz do Amazonas faz parte da chamada Margem Equatorial brasileira, uma fronteira exploratória que vai do Rio Grande do Norte ao Amapá, com grande potencial para descobertas de petróleo, mas com vários desafios socioambientais.
Neste ano, o Ibama negou o pedido de licença ambiental da Petrobras para perfurar a Bacia da Foz do Rio Amazonas, no Amapá, alegando que a empresa não atendeu aos requisitos necessários para seguir com as atividades.