A Petrobras (PETR3;PETR4) segue com sua política de suprimir a volatilidade dos preços de curto prazo dos combustíveis, mesmo após a recente alta do petróleo. Segundo o CFO Sergio Caetano Leite, em entrevista ao Broadcast, a companhia realizará reuniões com analistas de mercado para aliviar as preocupações.
De acordo com o executivo, a Petrobras segue “confortável” com a importação de combustíveis e não ultrapassou os limites de seu “túnel de volatilidade” para o petróleo. Ele acrescentou que a empresa está cumprindo suas metas em termos de rentabilidade.
Com o petróleo acima de US$ 90 o barril, investidores ficaram em alerta com a possibilidade da estatal voltar a subsidiar combustíveis como já fez no passado.
“O petróleo começa a escalar, todos os analistas começam a ligar para a Petrobras”, afirmou Leite, pontuando que a real preocupação é se Brasília ainda controla o preço da estatal.
“O mercado vai gradativamente observar que a estratégia da Petrobras é aumentar na hora que tiver que aumentar”, concluiu.
Petrobras (PETR4): TCU adia julgamento sobre política de preço
O julgamento do processo de condução da política de reajuste de preços de combustíveis praticada pela Petrobras (PETR3;PETR4) entre os anos de 2002 e 2019, foi adiado pelo TCU (Tribunal de Contas da União). O processo, relatado pelo ministro Aroldo Cedraz, estava previsto na pauta da sessão desta quarta-feira (20) mas foi excluído antes do início da reunião.
Segundo o TCU, se trata de uma representação por determinação do ex-ministro Raimundo Carreiro, feita em despacho de 2013, com objetivo de “analisar a conformidade das medidas e decisões tomadas pelos órgãos de deliberação da Petrobras no que diz respeito à política de reajuste de preços de combustíveis”.
O processo envolve ex-dirigentes da empresa e nomes que fizeram parte do Conselho de Administração, como Guido Mantega, Luciano Coutinho, Jorge Gerdau e Maria da Graças Foster.
Petrobras e Adnoc avançam por parceria na Braskem (BRKM5)
A Petrobras e a estatal árabe Adnoc avançaram nas negociações envolvendo a compra do controle da Braskem (BRKM5), que está sob a asa da Novonor (ex-Odebrechet). As informações são do Painel S.A. da Folha.
De acordo com a coluna, as duas companhias buscam uma joint-venture, destinando uma fatia minoritária (4%) para a Novonor.
Inicialmente, a Adnoc, que fez uma oferta com o fundo Apollo pelo 50% de participação da Novonor, era contrária à permanência dos atuais controladores no negócio, mas considera a possibilidade da joint-venture como forma de agilizar um acordo.
A petroquímica Unipar e a J&F também fizeram propostas pela Braskem. A coluna afirma que havia uma preferência pela oferta da Unipar, porque ela já previa participação minoritária à Novonor e a possibilidade de venda de ativos para a Petrobras.