A Petrobras (PETR4) anunciou a venda da refinaria Lubnor (Lubrificantes e Derivados de Petróleo do Nordeste), unidade do Ceará, para a Grepar.
Conforme documento divulgado pela Petrobras na última quarta-feira (25), o montante final da venda é de US$ 34 milhões, de modo que US$ 3,4 milhões foram pagos no dia do anúncio, US$ 9,6 milhões serão pagos no fechamento da negociação, e US$ 21 milhões estarão em pagamentos diferidos.
Além disso, todos os ativos logísticos associados à refinaria também serão transferidos na transação.
A estatal também informou que o valor total do pagamento não inclui os ajustes previstos em contrato, devidos até a conclusão da operação de venda.
De acordo com a petroleira, a venda da refinaria faz parte da estratégia adotada para melhorar a alocação do capital e a gestão de portfólio da empresa, a fim da valorização de seus recursos, que podem ser revertidos em mais produtos com mais qualidade para a sociedade.
“A Petrobras segue concentrando cada vez mais os seus recursos em ativos que demonstram grande diferencial competitivo ao longo dos anos, com menores emissões de gases de efeito estufa”, afirmou a companhia.
A venda do ativo da Lubnor será a quarta realizada dentro do acordo da estatal com o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), com a finalidade de expandir a competição do mercado de refino no País.
Entretanto, a negociação ainda precisa cumprir diversas condições precedentes aprovadas pelo Cade, para que a negociação seja de fato concluída.
Petrobras também enfrenta “novela” em definição de sua presidência
Em meio a novas negociações, inclusive a venda da refinaria Lubnor, a estatal também encara os desdobramentos de seu possível novo presidente.
Fontes oficiosas da empresa afirmaram que a mudança no comando da companhia poderá demorar até um mês para acontecer.
Após a decisão do governo federal em demitir José Mauro Ferreira Coelho da presidência, na última segunda-feira (23), a Petrobras ainda precisará convocar uma assembleia para nomear seu novo presidente.
Com isso, Caio Mario Paes de Andrade, que foi o indicado pelo governo federal para assumir o cargo na Petrobras, primeiro deverá ser nomeado como conselheiro, antes de assumir a presidência da estatal.