O nome de Caio Paes de Andrade para assumir a presidência da Petrobras (PETR4) será analisado pelo Conselho de Administração da estatal nesta segunda-feira (27).
Por meio de uma reunião extraordinária, a assembleia da Petrobras também confirmará se o atual secretário de Desburocratização do Ministério da Economia pode assumir, além da presidência, uma das vagas no colegiado.
A reunião foi convocada após a petroleira divulgar na última sexta-feira (24) a ata da reunião do Celeg (Comitê de Elegibilidade).
Na ocasião, a indicação de Caio Paes de Andrade foi aprovada para os cargos de conselheiro de administração e presidente da estatal pelo comitê.
De acordo com o documento, o indicado negou ter recebido qualquer “orientação específica ou geral” do governo federal para alterar a política de preço dos combustíveis.
Votação para aprovação de Andrade na Petrobras não foi unânime no Celeg
O documento também relatou que, na reunião do Comitê de Elegibilidade, três votos foram favoráveis à indicação de Paes de Andrade, enquanto um voto foi contrário.
O voto contrário veio do presidente do Celeg, Francisco Petros, representante de acionistas minoritários.
“Em relação à capacidade de gestão do candidato, com o devido respeito, não encontrei nos documentos disponibilizados o respaldo que me permita formar uma convicção favorável ao candidato”, afirmou Petros.
Petros apontou que o indicado é formado em comunicação social, área não vinculada à atuação da companhia. Além disso, o representante ressaltou que o candidato tem experiência em empresas de menor complexidade que a petroleira.
O indicado também recusou o convite do Comitê de Pessoas para falar sobre a política de preços adotada pela Petrobras, optando por responder os questionamentos sobre o assunto por escrito.
Apesar da votação não unânime do comitê, Paes de Andrade poderá se tornar o quinto presidente da companhia no governo Bolsonaro, que já realizou outras mudanças no cargo por conta do preço dos combustíveis praticados.
Mesmo com a dependência da paridade internacional, o presidente Jair Bolsonaro (PL) intensificou seus ataques à Petrobras, movido pelo receio de que a alta do preço dos combustíveis atrapalhem sua reeleição presidencial.