Petrobras (PETR4): Cade aprova venda da Reman para Grupo Atem

O negócio da Petrobras foi condicionado à assinatura de um acordo que garante o acesso de concorrentes aos terminais portuários da refinaria

A venda da Refinaria Isaac Sabbá (Reman) pela Petrobras (PETR3;PETR4) para a Ream Participações, do Grupo Atem, foi aprovada nesta terça-feira (30) pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). O negócio foi condicionado à assinatura de um acordo que garante o acesso de concorrentes aos terminais portuários da refinaria.

A venda da refinaria faz parte de um acordo firmado entre o Cade e a petroleira em 2019. Para não comprometer a concorrência, a estatal prometeu vender oito das suas 15 refinarias, além de repassar ativos logísticos, como dutos e um terminal aquaviário (TUP Reman).

Em 17 de agosto, o conselheiro Gustavo Augusto havia pedido vistas do processo, o que suspendeu o julgamento, que foi retomado nesta terça-feira em sessão extraordinária.

Augusto defendeu que eram necessárias obrigações para manter o acesso de outras empresas aos terminais portuários da Reman nas mesmas condições de preços conseguidas pela refinaria para preservar a concorrência. 

“Não estamos dando asas a um monopólio privado, estamos permitindo competição. Por isso a importância de manter a abertura dos terminais portuários e por isso os remédios estão sendo adotados”, afirmou Augusto.

Se acordo com a Petrobras for descumprido, o Grupo Atem terá que pagar uma multa de R$ 10 milhões e o negócio será reprovado.

Petrobras (PETR4): Itaú BBA corta recomendação de compra 

O Itaú BBA (ITUB4) cortou na noite da última segunda-feira (29) a recomendação para as ações preferenciais da Petrobras (PETR4), após um retorno total ao acionista de 57% graças a uma forte geração de caixa e um enorme pagamento de dividendos. 

A recomendação da PETR4 foi de outperform (desempenho acima da média do mercado) para marketperform (em linha com a média do mercado, equivalente à neutra). Enquanto o preço-alvo passou de R$ 43 para R$ 38, o que representa potencial de valorização de 10,2% frente a cotação de fechamento da segunda-feira (29) de R$ 34,48.

Algumas mudanças importantes no cenário macroeconômico que tornaram o ambiente para os mercados acionários mais desafiador, junto a distribuição de dividendos muito acima do esperado e a acomodação mais cedo do que o esperado de preços internacionais, que levou a mudanças na dinâmica de preços doméstica, mudaram o cenário do mercado, segundos os analistas Monique Greco, Bruna Amorim e Eric de Mello. 

Entretanto, a equipe de research do banco ainda espera que a Petrobras apresente fortes resultados com fundamentos sólidos, junto a meses de alta volatilidade.