O novo presidente da Petrobras (PETR3;PETR4), Jean Paul Prates, tem como um de seus principais desafios conter a alta de preços de combustíveis. Para isso, Prates estuda a criação de um fundo de estabilização de preços de combustíveis. As informações são do jornal “O Estado de S. Paulo” e foram publicadas nesta segunda-feira (30).
A ideia central do fundo de estabilização seria atuar na contenção dos impactos econômicos nas elevações súbitas no preço do barril de petróleo.
O problema, entretanto, é que este fundo teria um alto custo para os cofres públicos, segundo especialistas.
De acordo com relatório recente do UBS BB, esse fundo poderia ter resultado em déficit de US$ 42 bilhões entre 2015-2021, se estivesse em vigor no período, e de mais US$ 44 bilhões só em 2022.
Proposta foi aprovada no ano passado
No início do ano passado, a proposta do fundo para a Petrobras foi aprovada no Senado. Prates, até então senador, foi o relator da proposta.
O projeto deve voltar à pauta no legislativo, em fevereiro, quando passará a tramitar na Câmara.
De acordo com Prates, o mecanismo da chamada Conta de Estabilização – CEP-Combustíveis – seria a melhor opção de curto prazo para os combustíveis.
O atual presidente da Petrobras defende que o mecanismo poderia conferir um preço aceitável pelo consumidor final sem punir produtores e importadores.
Para o médio e longo prazo, Prates aposta no aumento da capacidade de refino da estatal, já que o mercado doméstico ficaria menos exposto às cotações internacionais.
A possibilidade de não existir a paridade com o mercado externo pela Petrobras assusta o mercado, que teme a influência de ingerências políticas nos resultados finais da petroleira estatal.