Para Mario Spinelli, diretor de governança da Petrobras (PETR4) as regras de governança e compliance devem ajudar com os processos de decisão da empresa, além de aliviar “qualquer assimetria entre os acionistas”.
“Somos uma empresa estatal, cuja atividade é essencial para o desenvolvimento do país. É importante que tenhamos processo decisório que possa fazer com que qualquer assimetria informacional que possa existir seja mitigada”, disse o diretor da Petrobras durante o evento do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás, nesta terça-feira (28).
“As decisões estratégicas na companhia não podem ser tomadas sozinhas [por uma pessoa só] e precisam ter aderência ao plano estratégico”, comentou.
O grupo de regras de compliance da Petrobras, conforme afirmação de Spinelli, iniciado após a Operação Lava-Jato, tinha o intuito de evitar casos de corrupção, e evoluiu pela necessidade.
“No ano passado, tivemos uma crise reputacional grave sobre assédio, por exemplo. Depois disso, tivemos que conceber um programa robusto para prevenir e combater o assédio”, declarou o executivo.
Em paralelo, o diretor disse que a Petrobras estuda maneiras de oferecer treinamentos sobre governança e compliance às empresas fornecedoras, segundo o “Valor”.
Chambriard: Petrobras (PETR4) deve estar à disposição de acionistas
Em sua primeira coletiva após assumir o comando da Petrobras (PETR4), Magda Chambriard disse, nesta segunda-feira (27), que a companhia deve ser rentável e atender aos interesses de acionistas majoritários e minoritários.
Para Chambriard, “conversa” é a palavra-chave para conciliar as demandas. “Vamos respeitar a lógica empresarial”.
Chambriard afirmou, ainda, que a empresa é capaz de garantir retorno para todos os acionistas, privados ou governamentais, e que terá que responder às expectativas da sociedade, “entendendo que temos que dar retorno”.
“Gerir essa empresa para dar lucro é muito fácil”, disse ela. Ela salientou que o empenho da Petrobras será fazer as promessas com agilidade e aceleração dos esforços. “Busco fazer as coisas com tempestividade”, disse Chambriard.
Sobre o pagamento de dividendos, a nova presidente disse que “se der lucro e atender interesses de acionistas públicos e privados”, haverá pagamento.