Conforme afirmação de Jean Paul Prates, presidente da Petrobras (PETR4), a decisão sobre o destino dos dividendos extraordinários será tomada pelo governo.
O executivo líder da Petrobras, disse, em entrevista após evento do IBP (Instituto Brasileiro de Petróleo), que o tema está no âmbito do conselho de administração.
“A diretoria já tomou sua decisão sobre os dividendos e transferiu para o conselho. O governo é quem orienta o conselho”, declarou Prates.
O presidente da estatal respondeu que “tudo é possível” quanto à distribuição total dos dividendos extraordinários.
Ainda segundo ele, “não há razão para ajustes no momento”, visando a possibilidade de alteração nos preços dos combustíveis.
“Estamos avaliando as condições do mercado, não há razão para pânico. Estamos monitorando o cenário internacional. Por enquanto não há nada que faça mover e o próprio preço do petróleo indica isso”, concluiu o mandatário da Petrobras.
Petrobras (PETR4): acordo com chinesa prevê transição energética
A Petrobras (PETR4) firmou, na quarta-feira (18), uma parceria com a empresa CNCEC (China National Chemical Energy Company) que prevê a avaliação de potenciais acordos comerciais em diversas áreas, com destaque para transição energética.
O contrato também possibilita acordos nas áreas de: Exploração de petróleo, Produção de fertilizantes a partir de gás natural e outras fontes; Desenvolvimento da produção, refino, biorrefino e petroquímica; Engenharia, construção e serviços; e Pesquisa, desenvolvimento e inovação.
O acordo terá duração de dois anos e será imediatamente ativado com a análise conjunta de ativos de fertilizantes e petroquímica, afirma a estatal, em comunicado.
Estatal vê riscos em projetos de transição energética
A Petrobras (PETR4) afirmou que pode haver riscos ligados aos projetos de transição energética, incluindo impacto na taxa de retorno do portfólio da empresa.
“Podemos decidir investir em novos projetos de transição energética que estão além do nosso escopo atual de experiência e expertise”, manifestou a Petrobras (PETR4) no formulário 20-F, na quinta-feira (11), à SEC (órgão equivalente à Comissão de Valores Mobiliários brasileira). As informações são do “Valor”.
A estatal quer investir em eólicas marinhas (offshore), com armazenamento e captura de carbono. Além disso, a companhia também tem interesse em produzir hidrogênio verde (que trata com energias renováveis para a produção).