Claudio Schlosser, diretor de comercialização da Petrobras (PETR4), afirmou nesta terça-feira (4), que a empresa tem acompanhado as questões geopolíticas para decidir sobre o preço dos combustíveis. Segundo o dirigente a estratégia comercial envolve aumentar ou reduzir os preços assim que se mostrar necessário.
Como apurou o jornal Valor Econômico, a companhia anunciou nesta sexta-feira (31) o aumento de R$ 0,22 no preço do diesel, mas manteve o preço da gasolina. Schlosser afirma que essa decisão é influenciada pelo inverno no hemisfério norte, diminuindo a pressão sobre o preço da gasolina.
O diretor voltou a reforçar que o compromisso da empresa é evitar repassar a volatilidade internacional para o consumidor interno. Ele está otimista com a taxação norte-americana pois vê uma oportunidade de exportação do óleo brasileiro para a china.
“Qualquer assimetria de mercado gera uma ameaça para alguém e uma oportunidade para outro, e nesse caso, para nós, pode ter um apetite maior ao óleo brasileiro”, explica.
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Na avaliação do Itaú BBA, o mês de janeiro terminou de forma positiva para a Petrobras (PETR4). O reajuste de R$ 0,22 por litro (6,3%) no preço do diesel, antes do aumento do imposto estadual, mostra a autonomia da estatal na execução de sua estratégia comercial, segundo os analistas do banco.
O relatório do BBA aponta ainda que o ajuste posiciona os preços no meio da faixa de referência, alinhada à política de precificação adotada anteriormente. Atualmente, os preços do diesel estão 3% abaixo da paridade de importação (IPP) e 11% acima da de exportação (EPP), segundo o “InfoMoney”.
A recomendação do banco para a Petrobras seguiu como compra, com preço-alvo de R$ 49, devido ao forte potencial de dividendos (16% para 2025) e a decisão de reajustar o diesel reforçam a autonomia da empresa em sua estratégia comercial.
Em paralelo à elevação do preço do diesel pela estatal, o ICMS sobre diesel e gasolina também subiu no sábado, um reajuste de R$ 0,06 por litro e R$ 0,10 por litro, respectivamente. Dessa forma, o banco prevê ganhos de estoque para as distribuidoras de combustíveis.
