José Mauro Ferreira Coelho, que ocupou o cargo de presidente da Petrobras (PETR4), renunciou ao cargo nesta segunda-feira (20).
O ex-diretor da estatal oficializou seu desligamento em reunião da diretoria da Petrobras convocada mais cedo por ele.
De acordo com as informações prévias cedidas pelo governo, o estopim para a saída do atual presidente foi o rompimento do apoio do colegiado para sua permanência e a intensificação das pressões do governo federal contra a companhia.
Logo, como o processo de desligamento de Coelho depende da realização de uma Assembleia de Acionistas, que pode demandar até 60 dias para acontecer, o diretor optou por destituir do cargo.
Nova troca na presidência da Petrobras já estava prevista há semanas
O processo de desligamento de Ferreira Coelho começou no dia 24 de maio, há quase um mês atrás. Na ocasião, o presidente da república, Jair Bolsonaro (PL), confirmou que iria realizar uma nova troca no comando da estatal.
O indicado pelo governo federal foi Caio Mário Paes de Andrade, na época secretário de Desburocratização do Ministério da Economia.
Apesar da decisão de Bolsonaro, Ferreira Coelho optou por permanecer no cargo até que as burocracias de seu desligamento fossem cumpridas, terminando na assembleia extraordinária de acionistas após o prazo de 60 dias.
Contudo, as pressões do governo federal contra a petroleira se intensificaram, principalmente após as últimas declarações de Bolsonaro.
O presidente da república seguiu dando diversas declarações contra os preços praticados pela petroleira, a mais recente realizada na última semana, após a divulgação do aumento de 5,18% para a gasolina e 14,26% para o diesel.
Bolsonaro inclusive chegou a afirmar que a Petrobras pode “mergulhar o Brasil num caos” e causar uma nova greve dos caminhoneiros, à exemplo da enfrentada em 2018.