Pela primeira vez, em meses, o preço médio dos combustíveis no Brasil está mais caro que a média internacional, de acordo com a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), o que abre um espaço para uma queda nos preços. Nesta quinta-feira (7), a maior refinaria privada do país e administrada pelo fundo Mubadala, localizada em Mataripe, interior da Bahia, reduziu o preço da gasolina em 5% e o do diesel em 9%, passando a vendê-lo mais barato que a Petrobras (PETR4).
A diferença do preço do diesel entre a RLAM (Refinaria Landulpho Alves) e a Petrobras ficou em 35 centavos. No entanto, o preço da gasolina da refinaria administrada pelo fundo árabe Mubadala ainda é 27 centavos mais caro do que a estatal.
RLAM é vendida pela Petrobras por R$ 10 bilhões
O detalhe é que a RLAM era da Petrobras até dezembro de 2021. A estatal concluiu a venda da refinaria para o fundo árabe e o anúncio ocorreu em 30 de novembro do ano passado.
Em 1º de dezembro, a Acelen, empresa criada pelo Mubadala Capital para a operação, assumiu a gestão da RLAM, que passou a se chamar Refinaria de Mataripe.
Mubadala Capital já investe no Brasil
O Mubadala Capital é a subsidiária de gestão de ativos da Mubadala Investment Company, um investidor soberano global com sede em Abu Dhabi com $ 284 bilhões em ativos sob gestão.
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Redução nos preços dos combustíveis
A tendência atual é que os preços dos combustíveis caiam em todo o Brasil após o projeto de lei que limita a aplicação de alíquotas de ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias).
O presidente Jair Bolsonaro, inclusive, aprovou um decreto que obriga os postos distribuidores de combustíveis a exibirem os valores praticados antes e depois da confirmação da lei que limitou o ICMS.
Até o momento, 20 estados brasileiros confirmaram a redução do imposto sobre os valores dos combustíveis. Entre os que já anunciaram a alteração estão Bahia, Rio Grande do Sul e Amapá, Minas Gerais, Goiás, Paraná e Pernambuco.
Assim como a RLAM, a Petrobras retomou o processo de venda de outras refinarias: Alberto Pasqualini (Refap), no Rio Grande do Sul, Abreu e Lima (Rnest), em Pernambuco, e Presidente Getúlio Vargas (Repar), no Paraná devem ser vendidas nos próximos meses.
