O TRF2 (Tribunal Regional Federal da 2ª Região) negou a liminar que pedia a suspensão do pagamento dos megadividendos da Petrobras (PETR4). O caso seguirá sendo analisado pela Justiça, agora na 27ª Vara Federal.
Em comunicado enviado a CVM (Comissão de Valores Mobiliários), na noite de quarta (14), a empresa informou ao mercado que o pedido liminar para a suspensão dos dividendos antecipados da Petrobras foi rejeitado pela Justiça em 28 de novembro.
Os dividendos extraordinários da estatal estão calculados em R$ 43,68 bilhões. A petroleira aprovou o pagamento de R$ 3,3489 por ações preferenciais e ordinárias em circulação, previstos para serem distribuídos em 20 de dezembro e 19 de janeiro de 2023.
Petrobras (PETR4): preço-alvo é cortado em 50%
Após a divulgação de notícias negativas para a companhia nacional, o Bradesco BBI cortou em 51% o preço-alvo para os papéis da Petrobras (PETR4), de R$ 53 para R$ 26. No caso das ADRs, a redução foi de 50%, saindo de US$ 20 para US$ 10. Com isso, em relatório, divulgado nesta terça-feira (13), o banco mudou a recomendação tanto das ações como dos ADRs da petroleira de compra para neutra.
Segundo os analistas Vicente Falanga e Gustavo Sadka, do Bradesco BBI, o fluxo de notícias sobre a tese de investimento “continua se deteriorando a cada dia”.
Para o banco, a possibilidade de ajustes na Lei das Estatais caiu como “um balde de água fria” na tese de investimentos. Somado a isso, informações divulgadas na imprensa sobre possíveis mudanças nas política dos preços de combustíveis, de dividendos e de novos investimentos também influenciaram nas decisões dos analistas.
Com isso, na visão do banco, a suposta mudança na Lei das Estatais seria muito negativa não apenas para a Petrobras, como para as empresas públicas no País.