A Petrobras (PETR4), segunda ação de maior peso no Ibovespa, atingiu R$ 211 bilhões em valor de mercado, no acumulado dos últimos 12 meses. O dado é um salto de quase 60% no comparativo anual. De outubro até segunda-feira (19), a petroleira bateu 10 recordes em market cap (valor de mercado), sendo seis somente em fevereiro, alcançando R$ 571,4 bilhões.
Num grau comparativo, a Vale (VALE3), que puxa a carteira teórica, perdeu cerca de R$ 110 bilhões em valor de mercado nos últimos 12 meses, à medida que o Itaú (ITUB4), o terceiro papel mais valioso da carteira, elevou em aproximadamente R$ 79 bilhões seu valor na Bolsa, no mesmo período.
“Se está pagando bons dividendos, significa dizer que a empresa não está investindo em projetos ruins, o que era um pouco o receio do mercado em relação à Petrobras”, sinaliza Fernando Siqueira, head da área de Research, da Guide Investimentos, de acordo com o “Suno”.
O chefe de análise de ações Órama Investimentos, Phil Soares, disse que a exploração da margem equatorial é uma ótima notícia para a petroleira. “Traz uma fronteira de crescimento relevante para a companhia, em um negócio que ela realmente faz dinheiro, que é a extração em água profunda”.
No início de fevereiro, Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, disse que o recorde do valor de mercado “coroa o trabalho feito ao longo de todo o primeiro ano de nova gestão”, começada em janeiro de 2023. “Estamos muito satisfeitos com os sucessivos recordes de valor de mercado. Esse recorde, assim como os outros que a Petrobras atingiu em 2023, é consequência da retomada de investimentos que a nova gestão tem realizado no último ano”, acrescentou.
Petrobras (PETR4) investirá mais de US$ 1,5 bi em nova tecnologia
A Petrobras (PETR4) anunciou, nesta terça-feira (20), um investimento de mais de US$ 1,5 bilhão (R$ 73,9 bilhões) em tecnologia patenteada pela empresa. O aporte será realizado até 2028 junto as suas sócias no campo de Mero no pré-sal da Bacia de Santos.
O projeto visa o aumento da eficiência e descarbonização da produção, disse Jean Paul Prates, CEO (Chief Executive Officer ou diretor-executivo) da Petrobras. A tecnologia inédita, chamada de HISEP®, terá a habilidade de transferir estruturas de separação e injeção de CO2 para o fundo do mar. Atualmente essas estruturas ficam na plataforma.
“Nós encontramos riqueza no mar, petróleo com alto conteúdo de CO2, vamos fazer a injeção no fundo do mar, na origem, em vez de subir para plataforma, vai fortalecer nosso programa de reinjeção de gás, que é o maior do mundo”, disse Prates, de acordo com o “Investing”.