Petz / Divulgação
Petz / Foto: Divulgação

A Petz (PETZ3) e a Cobasi divulgaram na manhã desta terça-feira (16), a data prevista para a conclusão da fusão entre as companhias. Segundo comunicado ao mercado, a operação será finalizada em 2 de janeiro de 2026.

Na data de fechamento, as ações da Petz serão incorporadas pela Cobasi Investimentos. Em contrapartida, os acionistas da Petz receberão uma ação ordinária da nova empresa, além de uma ação preferencial resgatável, com valor estimado em R$ 0,71 por papel.

Ainda no mesmo dia, a Cobasi Investimentos será incorporada pela Cobasi. Com isso, a nova companhia terá a seguinte estrutura acionária: 52,6% ficará com os acionistas da Petz, enquanto 47,4% pertencerá aos acionistas da Cobasi.

Após a conclusão da fusão, a Petz deixará de ter suas ações negociadas na B3 ao fim do pregão de 2 de janeiro de 2026. Em seguida, a companhia creditará aos acionistas os novos papéis da Cobasi no dia 7 de janeiro.

A empresa prevê pagar a parcela em dinheiro até 23 de janeiro de 2026. A Cobasi iniciará a negociação de suas ações na B3 em 5 de janeiro, sob um novo ticker, que será definido até 22 de dezembro.

Fusão com a Cobasi anima mercado e mexe com a Petz

A aprovação da fusão entre Petz (PETZ3) Cobasi pelo CADE, mesmo com restrições, trouxe alívio ao mercado. O sinal verde impulsionou as ações da Petz, que avançaram mais de 4% na última quarta-feira (10). O movimento marca uma nova etapa para a companhia no setor de varejo pet.

Desse modo, a decisão encerra um período de quase dois anos de incertezas regulatórias e abre espaço para a captura de sinergias. Analistas avaliam que a venda de 26 lojas não deve afetar a liderança do grupo no varejo pet. A agenda da companhia agora avança para a integração das operações e para o potencial de valorização no médio prazo.

Bradesco BBI vê o anúncio entre Petz e Cobasi, como um passo positivo. Para o banco, a decisão encerra um processo iniciado em abril de 2024 e reduz os riscos da tese de investimento. Com isso, as equipes de gestão podem avançar na captura de sinergias, cuja conclusão está prevista para 2 de janeiro de 2026.

Embora o mercado já esperasse medidas corretivas, ainda havia incerteza sobre sua dimensão. De acordo com os analistas do BBI, o desinvestimento obrigatório de 26 lojas, equivalente a 3,3% das vendas líquidas dos últimos 12 meses da nova companhia, tende a ter baixo impacto. Sendo assim, para eles, a exigência não deve comprometer a liderança da empresa nem suas vantagens competitivas em São Paulo e no restante do país.