A Philips anunciou, nesta segunda-feira (24), que irá demitir 4 mil funcionários em todo o mundo, após registrar um prejuízo líquido de € 1,3 bilhão (cerca de R$ 6,6 bilhões) no terceiro trimestre deste ano. Os cortes ocorrerão em decorrência de condições macroeconômicas desfavoráveis.
O momento ruim se deu após a retirada do mercado de aparelhos de respiração defeituosos. O Grupo Philips, que tem quase 80 mil funcionários, teve prejuízo devido aos equipamentos com defeito.
Os holandeses não cumpriram as expectativas nos últimos anos, segundo Roy Jacobs, novo CEO. Ele também anunciou o que chamou de “decisão difícil mas necessária de reduzir imediatamente nossa força de trabalho em 4.000 postos em todo o mundo”.
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A ideia é destinar quase € 300 milhões (R$ 1,5 bilhão) nos próximos trimestres para os trabalhos de reestruturação. No entanto, o executivo calcula que a reorganização pode gerar uma economia no mesmo valor a cada ano.
“O desempenho da Philips no (último) trimestre foi impactado por desafios operacionais e de abastecimento, pressão inflacionária, a situação da Covid na China e a guerra russo-ucraniana”, afirmou o grupo em um comunicado, segundo a “Folha de S.Paulo”.
A empresa registrou queda de 5% nas vendas na comparação com o mesmo período do ano anterior, a € 4,3 bilhões. O Grupo também ajustou o Ebitda a € 209 milhões, o que representa 4,8% do faturamento, contra € 512 milhões (12,3% das vendas) no mesmo período em 2021.
Philips retira aparelhos respiratórios do mercado
A empresa, com sede em Amsterdã, retirou do mercado em junho do ano passado aparelhos respiratórios, depois de alertar que os usuários corriam o risco de inalar ou engolir fragmentos de uma espuma tóxica silenciadora que poderia provocar irritação e dores de cabeça.
Além disso, também mencionou um risco “potencial” de câncer a longo prazo. Na última semana, Frans van Houten deixou o cargo de CEO da Philips seis meses antes do previsto e após 12 anos à frente do grupo.