O PicPay, fintech com mais de 30 milhões de usuários ativos, vai oferecer serviços de exchange de criptomoedas e lançar sua própria stablecoin. De acordo com o portal “NeoFeed”, a empresa pretende se lançar no mercado de criptoativos com uma série de produtos.
A fintech vai na onda de outras plataformas que entraram no universo cripto, como o Mercado Pago e o Nubank (NUBR33). O Picpay fez uma publicação em seu blog onde Anderson Chamon, cofundador da empresa e vice-presidente de Tecnologia e Produtos do aplicativo, respondeu perguntas sobre este mercado.
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“O PicPay vai entrar muito forte nesse mundo. Não será um produto acessório, será uma linha de negócios muito importante”, afirmou Chamon.
A companhia também possui planos de adentrar no universo dos NFTs (Tokens Não-Fungíveis), a partir de um marketplace para usuários e a intenção de se tornar um tokenizador.
A intenção da fintech é, até agosto, lançar uma exchange na qual o usuário possa negociar e armazenar as criptomoedas dentro do aplicativo. Em um primeiro momento, o cliente poderá negociar Bitcoin (BTC), Ethereum (ETH) e USDP, uma stablecoin lastreada em dólar.
Trata-se de uma abordagem semelhante à utilizada pelo Nubank e pelo Mercado Pago, que possuem parceria com a Paxos. A Paxos detém a custódia dos criptoativos negociados nos aplicativos, o que significa que os usuários não podem sacar os ativos em uma carteira individual.
PicPay irá lançar stablecoin lastreada em real
Também faz parte dos planos do PicPay lançar uma stablecoin lastreada em real. “Não existe uma stablecoin robusta lastreada em real e o PicPay será o grande patrocinador disso”, afirmou o executivo. A stablecoin receberá o nome Brazilian Real Coin (BRC) e tem como meta listagem nas principais exchanges do mundo.
“Não será necessário ser um usuário PicPay para usar essa stablecoin. Você pode ser um turista vindo para o Brasil, pegar o PayPal ou outra carteira digital, comprar a BRC em uma exchange e usar no mercado brasileiro”, disse Chamon.
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Todas essas iniciativas fazem parte da área “Cripto e Web3”, que o PicPay começou a estruturar no início do ano. O setor é liderado por Bruno Gregory, que comanda uma equipe com 20 pessoas. A expectativa de Chamon é que ao menos 3 milhões de brasileiros utilizarão os serviços de criptoativos do PicPay em um ano.