Confronto no varejo

Polishop é processada por shoppings após antecipação de RJ

As dificuldades de negociação são especialmente intensas com empresas do setor de shoppings e seguradoras de crédito de fornecedores estrangeiros

Polishop
Polishop (Foto: Reprodução)

A varejista Polishop está enfrentando ações de execução de títulos judiciais movidas por grandes empresas de shopping centers, como General Shopping, Iguatemi e Allos, resultante da fusão de Aliansce Sonae e BR Malls. 

As dificuldades de negociação são especialmente intensas com empresas do setor de shoppings e seguradoras de crédito de fornecedores estrangeiros, que são rigorosas na liberação de garantias para varejistas em crise.

Com dívidas que alcançam R$ 395 milhões, a Polishop buscou uma medida cautelar na Justiça para ganhar tempo e tentar negociar suas dívidas com os credores.

A empresa entrou com um pedido de tutela antecipada na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo, alegando a necessidade urgente de suspensão das execuções e despejos por credores sujeitos à recuperação que poderiam inviabilizar o negócio.

Após obter a cautelar, a empresa pretende abrir renegociações dos passivos para ampliar prazos de pagamento e reestruturar o negócio, visando evitar entrar com um pedido de recuperação judicial. Mesmo com a medida cautelar, a Polishop pode ainda negociar paralelamente uma recuperação extrajudicial.

Desafios legais enfrentado pela Polishop 

Desde o dia 3 de abril, a varejista Polishop enfrentou quatro ações de execução de título ou ação monitória em São Paulo, movidas por administradoras ou controladoras de shoppings, mesmo após obter uma medida cautelar. 

Até a manhã desta sexta-feira (12), os juízes não suspenderam os pedidos de cobrança, e as ações continuam em andamento.

Na General Shopping, duas administradoras de imóveis moveram processos no valor total de R$ 1,5 milhão. Já na Iguatemi, o condomínio Esplanada Shopping Center entrou com uma ação no valor de R$ 255 mil. 

Enquanto na Allos, a dívida de R$ 10 mil refere-se a uma multa devido ao Condomínio Shopping Parque Dom Pedro, o maior empreendimento de Campinas (SP), e não ao aluguel.

A Justiça, ao conceder a medida cautelar, designou um administrador judicial para o caso e suspendeu ações de despejo e execuções que possam prejudicar as operações da empresa.

Além disso, antecipações de vencimento de dívidas financeiras também foram suspensas para garantir que a empresa possa continuar operando suas plataformas de marketing e tecnologia.