Por abertura do gás, Petrobras viola acordo com Cade

Associações do setor apresentam documentos com queixas ao órgão antitruste sobre competitividade do mercado.

Após dois anos do acordo assinado pela Petrobras com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), seis associações se queixaram que a Petrobras fecha o mercado do gás e pediram ao órgão antitruste novas medidas para garantir a concorrência nesse setor.

Um Termo de Compromisso de Cessação de Condutas (TCC), feito em julho de 2019, foi um dos pilares do Novo Mercado de Gás. Nessa celebração, o ministro da Enocomia, Paulo Guedes, falou em uma redução de até 40% nos preços do insumo à indústria.
A estatal afirmou que está cumprindo “todos os compromissos” estabelecidos no acordo firmado, mas, em documento enviado na terça-feira à cúpula do Cade, é possível entender algumas barreiras que ainda atrapalham o desenvolvimento do mercado.
Segundo o texto que é assinado por advogados que representam a Abrace, a Abal, a Abiquim e a Abividro, a Petrobras impõe preços incompatíveis com o mercado e faz exigências de inflexibilidade no uso dessa infraestrutura que são tidas como inviáveis com um mercado em fase inicial de maturação.
Em outro trecho, as associações alegam que a Petrobras impõe obrigações mínimas de retirada de gás sem qualquer flexibilização de retirada menor ou a maior. As associações alegam que os agentes do setor não têm conhecimento dos termos, não sabem qual capacidade será oferecida no mercado e sem o mínimo de previsibilidade não haverá concorrência.
Como forma de monitorar o cumprimento das obrigações assumidas no âmbito do Cade, a Petrobras contratou uma empresa independente – a PwC, que produziu relatórios trimestrais. Segundo às associações “é possível identificar incoerências e divergências” entre os relatórios da própria Petrobras às conclusões da PwC.

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