Se qualquer pessoa soubesse que sua companhia atingiu o marco de US$ 700 bilhões de capitalização de mercado, no mínimo, ela faria um brinde a essa conquista. Mas esse não é o caso de Warren Buffett com a Berkshire Hathaway (BRK.A).
Buffet, que é conhecido como o maior investidor do mundo, acredita que o market cap de sua empresa é um problema.
Nesta semana, a Berkshire alcançou ao valor recorde de US$ 700 bilhões, deixando Buffett ansioso para gastar ao menos metade dos US$ 149 bilhões em dinheiro que a companhia possui.
As ações também têm subido para um nível recorde de R$ 89,50. De acordo com o Business Insider, empresas de private equity e aquisição de propósito específico (ou SPACs) estão precificando-as de aquisições.
Essa avaliação da Berkshire pode colocá-la na lista de compahias que valem trilhões de dólares muito em breve, se juntando a empresas como Tesla (US$ 1,07 trilhão), Amazon (US$ 1,66 trilhão), Microsoft (US$ 2,37 trilhões) e Apple (US$ 2,84 trilhões).
Na visão de Buffett, o oitavo homem mais rico do mundo segundo a Forbes, com uma fortuna estimada em US$ 114 bilhões, isso é preocupante.
Por esse motivo, ele vem aumentando a recompra de ações. Em 2020, a empresa recomprou um recorde de US$ 25 bilhões, número que deve ter sido ultrapassado em 2021.
No entanto, Buffett disse que “só comprará de volta ações a um preço abaixo de sua estimativa conservadora do valor intrínseco da Berkshire”.
Isso acontece porque, se as ações da empresa ultrapassarem o teto de preço que Buffett tem para recompras, ele poderá ser forçado a interromper ou diminuir operações desse tipo, o que pode fechar uma boa avenida de gastos.
Nos ultimos 12 meses, as ações da Berkshire subiram 30%, 3% acima do benchmark da S&P 500, que cresceu 27% .