A PRIO (PRIO3) está negociando a compra da participação do Bradesco (BBDC4) e do Santander (SANB11) na Enauta. Os bancos têm cerca de 28% do total da petroleira presidida por Décio Oddone. As informações são de Lauro Jardim, colunista do “O Globo”.
No último mês, a Enauta informou ao mercado que não tinha envolvimento nas discussões entre o seu controlador, a Queiroz Galvão, e seus credores, em um possível processo de conversão de dívida em ações.
Na nota enviada à Enauta, a Queiroz Galvão diz que não tem poderes para interagir diretamente com credores da companhia, e que a situação das ações dadas em garantia não se alterou e não estão sendo objeto de execução neste momento.
De acordo com o “Valor”, a Queiroz Galvão está em negociações com credores, entre eles Bradesco e Santander, para evitar que as ações da Enauta dadas em garantia sejam convertidas em participação acionária e causem perda de controle.
A Enauta possui hoje valor de mercado de cerca de R$ 3 bilhões, queda de 13% em um ano. No ano passado, a companhia registrou receita líquida de R$ 2,2 bilhões, aumento de 20,5% em relação a 2021.
PRIO (PRIO3): Tanure recebe multa milionária da CVM
O Colegiado da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) puniu o empresário Nelson Tanure com três multas no valor de R$ 500 mil em julgamento. As informações são do jornal “Valor Econômico”.
A maioria do colegiado entendeu que Tanure deixou de comunicar ao diretor de relações com investidores da PRIO (ex-PetroRio) sua condição de controlador acionário da empresa, para fins de divulgação de fato relevante.
O empresário também foi multado por não apresentar todas as informações sobre sua posição na PetroRio e por suposta tentativa de embaraço à fiscalização – por ter fornecido dados incompletos ao ser questionado pela CVM.
Tanure foi absolvido da acusação de abuso do poder de controle. Ele havia sido acusado de ter utilizado o caixa da PetroRio para adquirir ações da Oi.
Por meio de nota, os advogados de Tanure afirmaram que o executivo respeita a decisão da CVM, mas recorrerá ao Conselho de Recursos do Sistema Financeiro Nacional (CRSFN) por estar convicto de sua “absoluta inocência”.
Além de Nelson Tanure, o diretor de relações com investidores da PetroRio na época, Blener Mayhew, recebeu duas multas de R$ 300 mil cada. A CVM entendeu que Mayhew divulgou informações incompletas no formulário de referência da empresa e classificou como independentes conselheiros que eram ligados à Tanure.