Comunicação com o consumidor

Azul e Gol: Procon-SP pede informações sobre possível fusão

O processo avançou na semana passada com o anúncio, na quarta-feira (15), da assinatura de um memorando de entendimento para a união das empresas

Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4)
 Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) / Divulgação

O Procon-SP pediu informações à Azul (AZUL4) e à Abra, controladora da Gol (GOLL4), sobre como as empresas vão manter seus clientes informados a respeito do processo de possível fusão entre as companhias, como informou o “Valor” nesta terça-feira (21).

O processo avançou na semana passada com o anúncio, na quarta-feira (15), da assinatura de um memorando de entendimento para a união das empresas. A fusão deve resultar na criação de uma nova companhia aérea.

Mesmo que a operação ainda esteja em estágio inicial e tenha perspectivas de ser concluída apenas em 2026, o Procon-SP defende que o pedido é justificável, uma vez que muitos clientes compram passagens com antecedência para conseguir preços melhores.

Assim, esses consumidores podem ter dúvidas sobre possíveis unificações, extinções ou alterações de rotas, reforçando a necessidade de informações constantes aos clientes. O Procon-SP lembrou, ainda, que esse tipo de operação entre empresas sempre gera impactos aos consumidores.

Outras possíveis mudanças citadas pela fundação são alterações na estrutura dos aeroportos, nos sistema de gestão de venda de bilhetes, no atendimento e nas opções de voos.

O Procon-SP também afirmou que planeja convidar representantes das companhias para apresentar seus planos de atendimento aos clientes durante o processo para a fusão.

Gol e Azul: fusão deve passar por longa análise e ser aprovada com restrições

Integrantes do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) disseram ao “Valor” que é “quase impossível” aprovar a fusão entre a Azul (AZUL4) e a Gol (GOLL4) sem restrições. A Abra, controlador da Gol, anunciou na quarta-feira (15) a assinatura de um memorando de entendimento para a união entre as duas empresas.

Mesmo com a necessidade de análise detalhada, fontes consultadas pelo jornal disseram que a união, que vai ser uma das maiores analisadas pelo órgão antitruste nos últimos anos, não deve ser reprovada.

Após a notícia de avanço das negociações para a fusão, as ações da Gol e Azul chegaram a subir mais de 10% na quinta-feira (16). Enquanto a Gol fechou o pregão em alta de 4,29%, cotada a R$ 1,70, a Azul cresceu 3,63%, para R$ 4,57.