Durante a última semana a tensão entre a Rússia e a Ucrânia só cresceu, nesta segunda-feira (21) o presidente russo Vladimir Putin reconheceu a independência das repúblicas de Lugansk e Donetsk.
Putin veio a público através de um pronunciamento televisionado para fazer seu discurso a respeito da crise no leste europeu.
A decisão sobre os territórios que ficam ao leste da Ucrânia, atuando como Estados independentes, foi tomada junto ao Conselho de Segurança da Rússia. Em reunião com o conselho, Putin disse que vai decidir os ‘’passos futuros nessa direção, levando em conta os pedidos dos líderes das autoproclamadas repúblicas de Donestk e Lugansk de reconhecimento de sua soberania e o pedido de Duma (câmara baixa do parlamento russo) a respeito’’.
Às 16h36, no horário de Brasília, Vladimir Putin assinou o decreto de independência. Essa é a decisão mais próxima de um confronto armado desde o fim da Segunda Guerra Mundial. O presidente alega que o que está fazendo é para defender seu povo, que está ameaçado pelas ações do governo da Ucrânia — governo este que foi chamado de ‘’serviçal dos EUA’’ por Putin.
Críticas foram feitas presidente russo, que afirmou que a Ucrânia está planejando criar suas próprias nucleares e servir como porta de entrada da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) no leste europeu. Uma das justificativas de Putin para defender a assinatura do decreto foi os cidadãos desses territórios, chamados de ‘’camaradas russos’’ por ele.
Alianças e EUA
Ao longo do discurso o mercado russo sofreu perdas notáveis e a aliança entre Rússia e China pode passar por mudanças após a assinatura de Putin.
As criticas de Putin não passaram em branco e Joe Biden usou as redes sociais para se defender.’’Vladimir Putin não quer que eu seja presidente. Ele não quer que eu seja nosso candidato. Se você está se perguntando por que – é porque eu sou a única pessoa neste campo que já esteve de igual para igual com ele’’, disse o preidente dos EUA em seu twitter.