A Raízen (RAIZ4) anunciou nesta segunda-feira (7) que firmou um contrato com a Shell para a comercialização de etanol celulóstico de segunda geração (E2G) até 2037, em conexão com um Programa de Investimentos para construção de cinco novas plantas de E2G. A projeção é de que o acordo movimente cerca de R$ 6 bilhões, segundo a empresa.
O contrato da Raízen prevê a entrega de 3,3 bilhões de litros (3,3 milhões de m³) de E2G, que serão produzidos em cinco novas plantas com início das operações previsto entre 2025 e 2027. A Shell receberá a produção das novas plantas pelos primeiros 10 anos de operação de cada unidade produtora, com suprimento garantido até 2037.
A companhia calcula uma margem Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de aproximadamente 50%, com investimentos em manutenção estimados em R$ 50 milhões por planta ao ano, “proporcionando geração robusta de fluxos de caixa”.
Ainda de acordo com ela, no comunicado enviado ao mercado, o plano de atingir 20 plantas de E2G segue até 2030/2031, com uma capacidade instalada de produção de, aproximadamente, 1,6 milhão de m³ por ano.
Raízen (RAIZ4) compra unidade de serviços financeiros da Cosan
Em outubro, a companhia anunciou a compra da Payly, unidade de serviços financeiros controlada pela Cosan (CSAN3). A operação, que totalizou R$ 78 milhões, engloba a aquisição de 100% da Payly Holding Ltda. e da Payly Instituição de Pagamentos S.A, livres de qualquer endividamento.
Segundo a Raízen, a unidade proporcionará oferta de conveniência e fidelidade ao cliente final e parceiros, através dos canais e plataformas comerciais, inteligência de dados proprietários e fomento mercantil e captação de recursos de terceiros, potencializando valor na cadeia de negócios.
A aquisição representa, como informou a Raízen, o primeiro passo de desenvolvimento da primeira unidade financeira da empresa de energia.