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A Raízen (RAIZ4) e o Itaú Unibanco captaram US$ 2,75 bilhões com bonds (títulos de renda fixa no exterior). O fato reforça o interesse dos investidores estrangeiros por títulos de dívida do país. Nos dois bancos, o volume de títulos foi elevado diante da demanda.
A captação de empresas brasileiras no exterior soma R$ 9,39 bilhões. Em 2024, o saldo foi de R$21 bilhões e a expectativa dos grandes bancos nacionais é de um volume entre US$20 bilhões e US$25 bilhões neste ano.
Como apurou o portal EInvestidor, o Itaú passou alguns anos sem acessar o mercado de dívida em dólar. Contudo, emitiu US$ 1 bilhão em títulos com prazo de cinco anos para vencimento e a demanda dos investidores chegou a US$ 2,9 bilhões, permitindo o banco reduzir a taxa de juros das bonds para 6%.
A Raízen fez duas operações, uma com vencimento em 12 anos, onde a companhia levantou US$1 bilhão com taxa de 2,25% do rendimento dos Treasuries.
Raízen (RAIZ4) não lançará novas propostas de crescimento
A Raízen (RAIZ4) está focada no ganho de eficiência e promoção de uma reestruturação financeira e operacional. A empresa vem tentando reduzir uma queima de caixa decorrente do crescimento do negócio nos últimos anos, segundo executivos da companhia. As informações foram apuradas pelo site Invest
O presidente- executivo da Raízen, Nelson Gomes, disse que o último ciclo de crescimento trouxe “muita complexidade e distração”. Houve um aumento de custos e dívida que foi amplificado pela alta dos juros. “Isso traz um senso de urgência muito grande para tomar as ações necessárias e recuperar o equilíbrio” comentou.
A Raízen, que é a maior produtora de açúcar e etanol de cana do mundo, reportou na última sexta-feira prejuízo líquido de R$2,57 bilhões no terceiro trimestre da safra 2024/25 (outubro/dezembro), revertendo o lucro de R$793,3 milhões apurado no mesmo período da temporada anterior.