A Shopee anunciou seu balanço do segundo semestre de 2022. As receitas da empresa de comércio eletrônico no Brasil subiram mais de 270% em um ano. Entre abril e junho, a companhia também se tornou líder em média de usuários ativos mensais na categoria de compras no Brasil.
O Ebitda (Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado da Shopee foi de US$ 648,1 milhões entre abril e junho, alta de quase 12% em relação aos US$ 579,8 milhões registrados na mesma etapa em 2021.
Apesar dos resultados positivos, o conglomerado Sea Limited, dono da Shopee, teve prejuízo de US$ 569,8 milhões no segundo trimestre deste ano, alta de 77% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Em comunicado, Forrest Li, presidente da Sea e CEO do grupo, ressaltou que os resultados positivos da Shopee são fruto do trabalho da companhia em atender à crescente demanda do mercado de serviços online.
“Durante os lockdowns da pandemia, escalamos rapidamente nossos negócios para responder à demanda crescente de mercado por consumo e serviços online. Isso nos permitiu expandir significativamente nossos negócios e mercados, fortalecer nossa liderança de mercado e ganhar escala mais eficientemente”, relatou o CEO do grupo proprietário da Shopee.
Em julho, Shopee anunciou abertura de cinco centrais de distribuição no Brasil
Recentemente, a Shopee abriu mais cinco centros de distribuição nos últimos meses, no modelo “cross-docking” (produto é distribuído ao local de entrega sem longos períodos de armazenamento). De acordo com a companhia da Sea Limited, as centrais estão localizadas nas cidades de Ribeirão Preto (SP), Campinas (SP), Santana de Parnaíba (SP), Contagem (MG) e João do Meriti (RJ).
Pelo sistema da plataforma de marketplace de Singapura, parceiros logísticos coletam os produtos, que são direcionados para a unidade cross-docking mais próxima para serem encaminhados aos clientes. Com as novas centrais, a ideia é melhorar os processos de envio, reduzindo prazos.
Meses atrás, parceiros da empresa relataram que o forte aumento nas vendas em datas comerciais relevantes levou a problemas na entrega, e a empresa teria relatado a eles previsão de aumento nos investimentos em estrutura.
O movimento da Shopee surgiu num momento de reorganização e corte de gastos por parte das plataformas de e-commerce brasileiras.