Rede de hotéis de luxo Kempinski chega ao Brasil com lançamento de resort em Canela (RS)

Serão investidos R$ 540 milhões na criação de um resort de luxo na serra gaúcha

 O grupo hoteleiro de luxo mais antigo da Europa, o alemão Kempinski, criado em 1897, anunciou nesta sexta-feira (27) uma parceria com os empresários José Paim, José Ernesto Marino Neto e Márcio Carvalho para revitalizar o hotel Laje de Pedra, em Canela (RS).

Serão investidos R$ 540 milhões na criação de um resort de luxo na serra gaúcha, em uma área de 61 mil m² (metros quadrados). O hotel terá 357 apartamentos com tamanhos de 54m² a 290m². Entre as atrações, estão quatro restaurantes e cinco bares internacionais com amplos terraços, enoteca, bar na cobertura (“rooftop”), teatro e área para eventos.

Outras atrações serão uma academia de 1 mil m², um spa de padrão europeu, clube para crianças e piscinas aquecidas. A expectativa é inaugurar o novo projeto em 2024.

O Laje de Pedra, construído em 1978, estava desativado desde maio do ano passado. Na época, Paim, Marino e Carvalho compraram o empreendimento da Habitasul e deram origem à a LDP Canela S/A. O controle do empreendimento ficará com os brasileiros.

“Vamos oferecer experiências exclusivas junto à natureza, como roteiros de turismo ecológico, cavalgadas, brunch ao ar livre e visitas a vinícolas. É preciso valorizar essa cultura maravilhosa do Rio Grande do Sul”, disse , Paim, de família gaúcha.

Segundo o empresário, o resort vai proporcionar um conjunto de experiências que valorizem as riquezas e culturas locais, incluindo a Orquestra Sinfônica Laje de Pedra que deverá se apresentar ao ar livre. “Será o cartão de visitas mais sofisticado do continente, tendo o Vale do Quilombo como fundo”, afirma.

Além da operação hoteleira, o Kempinski Laje de Pedra contará com residências privadas ultra premium servidas por todos os serviços de um hotel cinco estrelas, incluindo a disponibilidade de mordomo, adega e garagem privativas individualmente fechadas para a segurança dos automóveis de luxo.

“Depois da pandemia, vimos um boom de procura por uma segunda residência”, afirma Paim.

Por meio de um serviço de intercâmbio de propriedades de altíssimo luxo, ao qual o Kempinski Laje de Pedra estará afiliado, os proprietários de Canela poderão trocar estadias em propriedades de igual padrão em mais de 90 países.

Bernold Schroeder, presidente do Conselho de Administração da Kempinski Hotels, diz que é um prazer trazer esse “ícone arquitetônico” de volta à vida. “Com o compromisso com a qualidade de primeira classe combinada com a elegância atemporal e posicioná-lo como um destino do mais alto nível”, afirmou. “É uma excelente oportunidade de ingressar no mercado sul-americano com um projeto excepcional”, disse.

Com 80 unidades em 34 países (20 delas ainda não inauguradas), a Kempinski Hotels se atraiu pelo projeto por conta do seu posicionamento sobre o Vale do Quilombo, com vista para a falésia de 400 metros na serra gaúcha.

“Um hotel como o Kempinski vai elevar ainda mais o status de turismo de negócios e de lazer da serra gaúcha”, disse o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que participou de coletiva de imprensa virtual que anunciou o empreendimento.

Eleito seguidas vezes como o melhor hotel do Brasil, o Laje de Pedra foi destino da elite econômica, cultural e política brasileira, além de palco dos festivais de música por 15 anos. Em 1992, o local foi escolhido para sediar a assinatura do Tratado do Mercosul.

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