CVC Capital

Rede D’Or vende participação na GSH por R$ 650 milhões

O negócio marca a saída definitiva da Rede D'Or da sociedade com o GSH, que desde 2019 pertence ao Hapvida.

Rede D'Or / Divulgação
Rede D'Or / Divulgação

A Rede D’Or anunciou a venda de sua participação de 20% no GSH (Grupo São Francisco de Saúde), em uma operação avaliada em R$ 650 milhões. O negócio marca a saída definitiva da empresa da sociedade com o GSH, que desde 2019 pertence ao Hapvida.

A compradora é a CVC Capital Partners, um dos maiores fundos globais de private equity, com presença no Brasil. A transação prevê que a CVC fique com 100% da GSH, incluindo os 20% que já pertenciam à Hapvida, que era sócia da Rede D’Or na operação.

Rede D’Or foca em expansão hospitalar

De acordo com a companhia, a venda da GSH faz parte de uma estratégia de otimização de portfólio e reforça o foco da Rede D’Or em seus ativos principais, como hospitais e clínicas. A expectativa é que os recursos obtidos com a venda sejam utilizados para reforçar o caixa e sustentar o crescimento orgânico e inorgânico da rede hospitalar, que segue em expansão em todo o país.

A GSH atua com serviços voltados à medicina diagnóstica, hemoderivados e soluções hospitalares e tem forte presença no Norte e Nordeste do país. A empresa é considerada estratégica em sua área, mas, segundo especialistas, não fazia mais parte do core business da Rede D’Or, que busca consolidar sua liderança no setor hospitalar brasileiro.

A operação também representa mais um movimento relevante da CVC Capital Partners no setor de saúde no Brasil, área considerada com grande potencial de consolidação e inovação.

BBI avalia impacto nas ações

Bradesco BBI considerou a venda como neutra para levemente positiva e observou pouco impacto nas ações da rede.

O banco salientou prêmio de 10%, mas com pequeno impacto. A instituição destacou que a parcela de 41% vendida por R$650 milhões representa apenas 1% do valor de mercado da empresa.

Para o BBI, o GSH foi consolidado pela Rede D’Or ao longo dos últimos dois anos, representando apenas 1,7% no Ebitda (lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos) total da empresa em 2024.

“Os rendimentos da venda devem ser usados para investir no negócio principal de hospitais da Rede D’Or, incluindo recompras”, explicam os analistas Marcio Osako e Valeria Parini. As informações foram apuradas pelo portal Einvestidor.