“Rei do Gado” faz maior negociação no agro dos últimos anos

Roque Quagliato negociou recentemente a compra de fazendas do Grupo AgroSB, que pertence ao banqueiro Daniel Dantas

Considerado o Rei do Gado, o produtor rural Roque Quagliato, detentor do Grupo Quagliato, negociou recentemente a compra de fazendas do Grupo AgroSB, que pertence ao banqueiro Daniel Dantas.

As terras adquiridas somam cerca de 27.000 hectares. As propriedades estão no município de Xinguara, um município no interior do Pará.

De acordo com o Pecuária-MG, a transação seria o maior negócio imobiliário rural dos anos cinco anos. As negociações envolveram ainda o Agropecuária Santa Bárbara Xinguara, a AgroSB, que pertence ao também conhecido, Daniel Dantas. Ambas as empresas, são destaque na região do Pará. “Uma negociação que será registrada no livro da pecuária nacional”, disse uma fonte.

A negociação não envolve compra dos animais, as propriedades foram compradas na modalidade que chamamos de “porteira aberta”, ou seja, o valor envolve apenas as pastagens, áreas de reservas e benfeitorias. Os valores não podem ser divulgados por questões contratuais.

Roque Quagliato é conhecido nos quatro cantos do Brasil como o Rei do Gado. Fundador dos grupos Rio Vermelho e Quagliato, o empresário possui hoje cerca de 240.000 bovinos sob sua posse.

Agro deve produzir R$ 1,179 trilhão em 2023, 3,8% a mais que 2022

As estimativas do Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP), obtidas com base nas informações de safras, indicam um valor de R$ 1,179 trilhão para 2023, superior em 3,8% em relação ao valor de 2022, que foi de R$ 1,135 trilhão, segundo estimativa do Ministério da Agricultura e Pecuária.

De acordo com a pasta, o valor é influenciado pelos preços agrícolas, que têm sofrido redução para vários produtos, entre eles milho, soja e trigo, que têm forte relevância no cálculo do VBP. Os preços recebidos pelos produtores de soja e milho estão, respectivamente 8,93% e 14,37% abaixo dos preços do mês de abril.

As lavouras têm um faturamento previsto em R$ 835,5 bilhões, 6,3% acima do obtido no ano passado. Tiveram bom desempenho produtos como amendoim, arroz, banana, cacau, cana-de-açúcar, feijão, laranja, mandioca, milho, soja e tomate.  

A pecuária, com faturamento de R$ 343,8 bilhões, apresenta uma retração real de 1,8% em relação a 2022. Contribuição positiva é dada pela carne suína, leite e ovos, e contribuição negativa vem de carne bovina (- 7,3%) e carne de frango ( -6,0%).

Poucos produtos agrícolas neste ano estão tendo redução do VBP, como algodão pluma, com retração de -7,3%, batata inglesa (-8,1%), café (-4,5%) e trigo (-12,8%). Esse resultado ocorre devido principalmente à retração de preços, como no caso do algodão, café e trigo.