A revista britânica The Economist publicou uma reportagem apontando alguns fatores que estão impulsionando o otimismo dos investidores em relação ao Brasil. Entre esses fatores estão a guerra da Ucrânia, que aumentou a exportação de grãos brasileiros devido à menor concorrência; o fim das restrições da covid-19 pela China, que favoreceu o comércio; e a independência do Banco Central do país.
A política monetária do BC, mesmo diante das críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, parece ter sido bem-sucedida, resultando em uma desaceleração anual da inflação. Além disso, a revista destaca o papel do atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, responsável pela reforma tributária e pelo novo arcabouço fiscal, que são vistos como medidas importantes para estabilizar a economia brasileira.
No entanto, a The Economist alerta que o otimismo deve ser moderado, pois o Brasil enfrenta desafios históricos. Embora tenha grande potencial, o país tem sofrido com questões estruturais, como a estagnação da produtividade fora da agricultura nas últimas três décadas, e ainda fica atrás de países como China e Índia em alguns indicadores econômicos. A história do Brasil adverte contra um excesso de entusiasmo, ressalta a revista.
“O cenário global e as proezas de Haddad estão aumentando o otimismo dos investidores agora. Mas será necessária uma boa e consistente política para reverter a tendência de longo prazo do Brasil”.