A Câmara Reservada de Direito Empresarial do Tribunal de Justiça estadual de São Paulo suspendeu a ordem de falência da Máquina de Vendas, controladora da Ricardo Eletro. O relator, o desembargador Maurício Pessoa, acolheu recurso apresentado pela empresa.
Na última quarta-feira (7), a Justiça de São Paulo havia dado ordem de falência a Ricardo Eletro.
Na decisão de Pessoa, o desembargador destaca que “a manutenção da quebra poderá gerar danos irreversíveis” para a empresa, que está em processo de recuperação judicial.
Pedido de recuperação judicial da Ricardo Eletro ocorreu em 2020
O grupo pediu recuperação judicial em agosto de 2020, então com uma dívida superior a R$ 4 bilhões. Naquele momento, as 300 lojas físicas da Ricardo Eletro foram fechadas, resultando na demissão de 3.600 colaboradores.
Em assembleia, o plano de recuperação foi aprovado por 75% dos credores, mas ainda não foi homologado pela Justiça. “Conseguimos reverter a decisão, especialmente pelo risco de dano à empresa. Seguimos firme no nosso objetivo e no nosso plano, nada muda”, disse Pedro Bianchi, presidente da Máquina de Vendas, segundo O Globo.
Dos 17 mil credores, 17 contestaram o plano judicialmente. Nenhum dos credores, contudo, como afirma Bianchi, pediu a falência da empresa.
Controladora da Ricardo Eletro, a Máquina de Vendas planeja relançar suas operações na próxima semana, com nova logomarca e campanha, apostando no avanço da operação via marketplace e mirando voltar ao varejo físico em 2023.
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A Ricardo Eletro chegou a ocupar o cargo de segunda maior cadeia de eletroeletrônicos do País em número de lojas, mas o grupo Máquina de Vendas, do qual faz parte, passou a apresentar prejuízos em 2014. O quadro piorou com as crises econômicas de 2016 e 2020. O “Valor” estima que entre 2015 e 2017, a receita da rede caiu cerca de 40%.