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 RJ da construtora Arquiplan afeta pelo menos seis FIIs

A empresa entrou com pedido de RJ em 1º de julho, com uma dívida de R$ 337,6 milhões. Deste montante, pelo menos R$ 104 milhões são em CRIs

Foto: Divulgação
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A recuperação judicial (RJ) da construtora e incorporadora Arquiplan, com foco no desenvolvimento de projetos imobiliários de médio e alto padrão, afetou cerca de seus FIIs (fundos imobiliários).

A empresa entrou com pedido de RJ em 1º de julho, com uma dívida de R$ 337,6 milhões. Deste montante, pelo menos R$ 104 milhões são em CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários) emitidos pelas securitizadoras Casa de Pedra, Opea e Canal.

O fundo imobiliário com maior exposição em maio era o Riza Domus (RZDM11), que possuía 6,6% do portfólio em CRIs que tinham como lastro recebíveis de um dos projetos da Arquiplan. A empresa detinha 45% do empreendimento construído e 40% das unidades residenciais vendidas, conforme informações do “Pipeline”.

Outro fundo que também tinha exposição era o XP Habitat (XPHB11), que investiu em CRIs emitidos para financiar outro empreendimento da Arquiplan, que estava com 85% da obra já construída e conta com uma construtora terceirizada que vem desenvolvendo o serviço.

Outras carteiras que também possuíam CRIs da Arquiplan em maio, conforme levantamento do Clue FII, são o Maxi Renda, que respondia por 0,79% do portfólio, JPP Capital Recebíveis Imobiliários (4,15%), Ourinvest JPP (4,1%) e BB Renda de Papéis Imobiliários (0,47%).

Americanas (AMER3): área técnica do Cade aprova operação de RJ

As operações realizadas no âmbito da recuperação judicial da Americanas (AMER3) foram aprovadas sem restrições pela área técnica do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Caso o negócio não seja questionado em 15 dias, estará aprovado definitivamente

Para o órgão, existem problemas concorrenciais no negócio projetado para a RJ da Americanas. A operação apresentada ao Cade diz respeito a aquisição de participação societária minoritária da varejista pelos bancos Bradesco (BBDC4), Santander (SANB11), Itaú (ITUB4), Safra e BTG Pactual (BPAC11).

Além disso, a operação consiste também na compra de controle da Americanas pelos “acionistas referência” ligadas a Jorge Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto da Veiga Sicupira, de acordo com o “Valor”.