Os 15 mil detentores das debêntures da Rodovias do Tietê terão uma nova assembleia, podendo ser a mais decisiva de todas. Juntos terão que decidir se aceitam ou não uma proposta costurada a dezenas de mãos, de sete diferentes escritórios de advocacia, e que prevê uma saída inusual, para um processo de recuperação judicial que está sendo inusual do começo ao fim. As informações são da Veja.
Mais de 90% dos credores são detentores das debêntures de infraestrutura da empresa, um instrumento que prometia ser a nova forma de financiamento para grandes projetos de infraestrutura no país e que atraiu muitos pequenos investidores.
A proposta é que a empresa seja vendida a um fundo de participações em infraestrutura, sob gestão da Geribá Investimentos. Os atuais acionistas, AB Concessões (Atlantia e Bertin) e Lineas International, entregam suas participações por 1 real e abrem mão de um crédito de 140 milhões de reais.
Os credores teriam a possibilidade de trocar seus papeis por participações neste fundo, e assim se tornariam acionistas indiretos.
A outra alternativa será trocar por novos papéis, cujo pagamento ficará atrelado a resultados da empresa. Assim poderiam tentar reaver os cerca de 1,7 bilhão de reais, já corrigidos, que aplicaram nas debêntures da empresa.