Esquerda

Sabesp (SBSP3): partidos vão ao STF para suspender privatização

A ação) foi ajuizada pelo PT, PSOL, Rede, PV e PCdoB

Sabesp/ Foto: Divulgação
Sabesp/ Foto: Divulgação

Partidos de esquerda acionaram o STF (Supremo Tribunal Federal) contra o cronograma de privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo — Sabesp (SBSP3) e o contrato de concessão da organização com a prefeitura de São Paulo. Além disso, os partidos também solicitaram a derrubada da lei municipal que viabiliza a celebração de contratos de prestação de serviços de saneamento.

A ação contra a privatização da Sabesp (SBSP3) foi ajuizada pelo PT, PSOL, Rede, PV e PCdoB, com pedido de liminar para suspensão imediata das normas. O processo foi distribuído ao ministro Cristiano Zanin, que está de recesso em julho.

O pedido de liminar deve ser analisado por Luís Roberto Barroso, presidente da Corte, que atua no regime de plantão na segunda metade do mês de julho.

O vice-presidente do Supremo, Edson Fachin, que está atuando no plantão do judiciário até esta terça-feira (16), abriu o prazo de três dias para a Câmara Municipal e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), darem mais informações.

Além disso, segundo informações do “InfoMoney”, a PGR (Procuradoria-Geral da República) e a AGU (Advocacia-Geral da União) também têm o prazo de três dias para se manifestar.

Sabesp (SBSP3): privatização tem alta demanda, mas preço pode cair 19%

O mercado financeiro está demonstrando um forte interesse na segunda fase da privatização da Sabesp (SBSP3), aproveitando o preço relativamente baixo das ações. 

Nesta fase, o governo pretende vender 17% da empresa de forma pulverizada no mercado. Fontes indicam que as ordens de compra ultrapassaram os R$ 110 bilhões até o final da semana passada. 

No entanto, esse montante pode estar inflacionado devido à expectativa de rateio entre os investidores. Estima-se que a demanda real possa se situar em torno de R$ 30 bilhões, conforme apontado por algumas fontes.

Apesar da alta procura, o preço por ação na segunda fase da privatização deverá ser fixado em R$ 67, representando uma queda de 19,42% em relação ao valor atual das ações.