O ano de 2022 foi marcado por demissões em massa no setor de tecnologia. No entanto, o movimento aparenta continuar em 2023. A empresa de software Salesforce informou nesta quarta-feira (04) que cortará cerca de 10% de sua força de trabalho e fechará alguns escritórios como parte de uma reestruturação, segundo a agência de notícias “Reuters”.
Via e-mail, Marc Benioff, coCEO e cofundador da Salesforce, anunciou a demissão em massa na companhia. Na mensagem, o executivo escreveu que, nos últimos 23 anos, a Salesforce construiu o software de gerenciamento de relacionamento com o cliente (CRM) ‘número 1’, do mundo, que impulsiona o crescimento dos clientes em diferentes linhas de negócio.
Porém, apesar do serviço da empresa ser essencial para seus clientes, o ambiente desafiador tem feito com que as empresas adotem uma abordagem mais ponderada em suas decisões de compra. “Com isso em mente, tomamos a difícil decisão de reduzir nossa força de trabalho em cerca de 10% nas próximas semanas”, escreveu Benioff.
O diretor executivo ainda disse que tem pensado muito sobre como a Salesforce chegou a este momento. “Como nossa receita acelerou durante a pandemia, contratamos muitas pessoas, o que nos levou a essa crise que estamos enfrentando, e assumo a responsabilidade por isso”, apontou no texto.
Segundo o comunicado, os funcionários inicialmente afetados devem receber um e-mail com a informação. O executivo ainda pediu, aos funcionários que sobreviveram ao corte, “confiança na liderança e em seu próprio trabalho”.
As pessoas desligadas receberão um pacote com o pagamento de mais de quatro salários e seguro saúde. A maioria da força de trabalho da Salesforce, cerca de 55%, está fixada nos EUA. Com isso, a companhia informou que os desligados em outros países receberiam um nível semelhante de suporte alinhado às leis trabalhistas de cada país.
Além da Salesforce: onda de demissões na tecnologia
Em 2022, big techs anunciaram cortes em sua base de funcionários. A Amazon (AMZO34) demitiu cerca de 10 mil pessoas no ano passado, o equivalente a aproximadamente 1% de sua força de trabalho global.
As redes sociais não ficaram de fora. No Twitter (TWTR34), o corte atingiu 50% dos seus empregados, que na ocasião contabilizavam mais de 7.500. Já no Facebook (M1TA34) os desligamentos foram de cerca de 13 mil pessoas.
Mas o movimento foi além das big techs. Muitas startups também precisaram ‘enxugar’ seus quadros, como a Salesforce. Por aqui, empresas como Movidesk/Zenvia, Loft e Buser foram algumas startups que anunciaram cortes em 2022.