Os pedidos de recuperação judicial feito por médias empresas cresceram significativamente nos últimos três anos, em reflexo aos juros altos e ao aumento da inadimplência, conforme indicou um estudo da FCD (Fundação Dom Cabral).
Além desses dois fatores, outra constribuição para o aumento dos pedidos de recuperação judicial foram as udanças de regras que agilizaram os processos.
O estudo do FDC focou desempenho das médias empresas brasileiras entre 2021 e 2023. os pedidos de recuperação judicial das empresas de médio porte, nesse período, saíram de 197 para 331, um salto de 68%. O levantamento tem base em dados da Serasa Experian.
As elevadas taxas de juros aumentaram o custo das dívidas, diminuíram as margens de lucro das empresas e dificultaram o acesso ao crédito, levando também a problemas na cadeia de suprimentos, indicou a FDC.
Outro impacto negativo foi o aumento da inadimplência dos consumidores, que atingiu diretamente o fluxo de caixa das empresas, de acordo com a “CNN Brasil”.
Em paralelo, o processo se tornou mais acessível às empresas brasileiras após a reforma da lei de falências e recuperação judicial, que entrou em vigor em 2021.
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Informações públicas sugerem que apenas 5% das companhias que entram com o pedido conseguem, de fato, se recuperar, segundo o veículo de notícias.
Enchentes do RS também contribuíram para o aumento dos pedidos de recuperação judicial
A tendência de queda do faturamento e os impactos das enchentes que aconteceram no Rio Grande do Sul (RS), onde estão 19% dessas empresas, são tem sido desafios para os negócios, apontou o estudo da escola de negócios.
Além disso, as pressões de custos levaram a uma queda na geração de caixa das operações, além do alto custo da dívida, que sugere uma queda no lucro.
Conduzido pelo centro de inteligência em médias empresas da FDC, o estudo analisou dados de 8,8 mil empresas com faturamento anual entre R$ 4,8 milhões e R$ 300 milhões.
A estimativa é de que exitem cerca de 74 mil empresas de médio porte no Brasil, representando aproximadamente 0,9% das empresas brasileiras.
Mesmo que sejam, relativamente, poucas, essas companhias criaram cerca de 18,6% dos empregos no País e são responsáveis por 25,1% de todos os salários pagos.
