Scarpa e Mayke acusam empresa de Willian Bigode de golpe

Scarpa e Mayke acionaram a Justiça para tentar recuperar os valores investidos

 

Os jogadores de futebol Gustavo Scarpa e Mayke relatam ter caído em um golpe de uma empresa do atacante Willian Bigode e perdido cerca de R$ 10 milhões em investimentos feitos em criptomoedas.

Eles foram apresentados à empresa de investimentos WLJC, uma empresa de gestão de capital, a qual Willian é sócio-proprietário, e que tinha como clientes alguns jogadores de futebol.

Scarpa e Mayke acionaram a Justiça para tentar recuperar os valores investidos, que deveriam ter sido resgatados no ano passado. Os atletas afirmaram que tentaram sacar o investimento, sem sucesso.

Em boletim de ocorrência, Scarpa, que hoje joga pelo Nottingham Forrest, da Inglaterra, diz que investiu R$ 6,3 milhões, enquanto Mayke, que atua pelo Palmeiras, teria aportado R$ 4,083 milhões na empresa Xland Holding Ltda. A promessa era de retorno de 3,5% a 5% ao mês.

Em nota, Willian Bigode negou as acusações e disse que também é vítima de um golpe, pois investiu recursos financeiros em criptoativos e perdeu cerca de R$ 17,5 milhões. Ele afirma que solicitou o resgate dos valores em novembro de 2022 e até hoje não recebeu qualquer quantia. À polícia, o jogador afirmou que todos os valores estão declarados em seu Imposto de Renda.

Popó reclama de atraso na Braiscompany

Scarpa e Mayke não foram as únicas figuras do meio esportivo que sentiram lesados por investimentos que deram prejuízos. Em fevereiro, o ex-pugilista Acelino “Popó” Freitas revelou que aplicou R$ 1,2 milhão na Braiscompany. 

A Braiscompany, que diz ter um negócio de “aluguel de criptoativos”, tem atrasado constantemente os pagamentos aos clientes desde dezembro.

O Ministério Público do estado anunciou a instauração de procedimento para apurar um possível calote de R$ 600 milhões pela BraisCompany. Desde dezembro investidores denunciaram o não pagamento de rendimentos pela empresa. Nos últimos dias, o operador retirou o site da empresa do ar, desapareceu e deixou na mão 10 mil clientes, de acordo com o MP-PB.