O setor agro é um dos mercados que vem usando o blockchain para se beneficiar, através da dinâmica de gestão dos produtos. Uma forma de solução à cadeira de fornecimento e recebimento de grão, informações que permitem o registro e a rastreabilidade dos produtos, segundo o coordenador do MBA em agronegócios da FGV, Fabio Mizumoto.
Para Fabio, “é preciso coordenar melhor as atividades para buscar a eficiência e produtividade no agronegócio, reduzindo assim a assimetria de informações. E a tecnologia tem muito a contribuir, desde processos de comercialização, a financiamentos e seguros agrícolas”.
Em 2020, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) fez uma pesquisa junto a Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo (Coplacana) e a Usina Granelli para mapear a cadeia de cada-de-açúcar via blockchain.
Com isso, foi criado o Sistema Brasileiro de Agrorrastreabilidade (Sibraar), tecnologia de registro e custódia de informações agroindustriais. O rastreio possibilitou que as embalagens dos produtos da Usina Granelli possam receber um selo ‘tecnologia Embrapa’ e um QR code.
Os clientes vão conseguir acessar o código e obter a informações sobre a fabricação de um produto, desde a origem até à chegada nos mercados.
Embrapa informou, através de uma nota, que “as ações atendem aos anseios da sociedade por produtos mais saudáveis, além da exigência do mercado internacional em saber como os alimentos são produzidos”.
Entenda o que é blockchain
No geral, o blockchain é um sistema que permite rastrear o envio e recebimento de alguns tipos de informação pela internet e é usado usado em larga escala no registro de transações financeiras.
Basicamente são pedaços de códigos gerados online que levam as informações conectadas, como blocos de dados que formam uma corrente. É, inclusive, o sistema responsável pelo funcionamento e transação das criptomoedas.