A plataforma de vendas Shopee anunciou nesta sexta-feira (12), a abertura de dois novos centros de distribuição no Brasil. As unidades irão atuar dentro de um sistema logístico de armazenagem e envio mais rápido, sem estocagem por longos períodos.
Segundo comunicado da empresa, são centros menores que os tradicionais CDs, e estão localizados na região metropolitana de Recife (PE) e Salvador (BA), com espaços de 10 mil e 6 mil metros quadrados respectivamente.
Ao todo, a Shopee tem oito centrais desse tipo no país, com capacidade para atender cerca de 1,5 milhão de pacotes diariamente dos 3 milhões de vendedores brasileiros registrados na plataforma, segundo a empresa. Os outros cross dockings estão nas regiões metropolitanas de São Paulo, Ribeirão Preto, Campinas, Curitiba, Belo Horizonte e Rio de Janeiro.
As áreas foram locadas pela companhia, logo, não houve investimento na construção do espaço, e começaram a operar no fim de abril. As novas centrais devem aumentar a capacidade de entrega, em termos de número de cidades, em mais de 40%.
Haddad volta atrás e mantém isenção em compras internacionais
No mês passado, as lojas que fazem transações internacionais ficaram em alerta com a possibilidade de taxação aventada pelo governo federal. Porém, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), voltou atrás, e manteve a isenção do imposto sobre as encomendas estrangeiras. Segundo Haddad, o recuo na decisão foi determinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“O presidente pediu para tentar resolver isso administrativamente, usar o poder de fiscalização da Receita Federal sem a necessidade de mudar a regra atual porque estava gerando confusão de que isso poderia prejudicar as pessoas que, de boa-fé, recebem encomendas do exterior até esse patamar”, afirmou.
Antes disso, um anúncio feito pelo Governo dizia de que o País cobraria impostos sobre todos os produtos de qualquer valor, como forma de coibir possíveis fraudes, não foi bem recebida pela população consumidora de grandes e-commerces asiáticos como Shein, Shopee e Aliexpress, que seriam afetados pela tributação.
A previsão era de que a fiscalização gerasse R$ 8 bilhões por ano aos cofres públicos, como parte de um pacote de medidas que visa atingir a meta de arrecadação de R$ 155 bilhões proposta pelo novo arcabouço fiscal, que passará por votação no Congresso.