O Shopee, empresa de e-commerce do grupo Sea Group, está promovendo cortes de empregos em vários países do Sudeste Asiático, segundo agências internacionais. A medida visa otimizar e racionalizar os negócios de e-commerce da empresa, apurou a agência “DealStreetAsia”.
Vários mercados do Sudeste Asiático, incluindo Indonésia, Tailândia e Vietnã, foram afetados pelos cortes. De acordo com as fontes, a empresa enviou e-mails aos funcionários desligados.
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As equipes do ShopeePay, braço de pagamentos do Shopee, bem como do ShopeeFood, o negócio de entrega de alimentos, estão sofrendo cortes. Além disso, uma reunião geral foi realizada na segunda-feira (13) para abordar o enxugamento no quadro de funcionários.
Duas fontes relataram ao “DealStreetAsia” que quase metade das equipes do ShopeePay e do ShopeeFood foram desligadas. Uma das fontes ainda afirmou que o e-mail enviado aos funcionários aparentava ter sido escrito de forma improvisada, pedindo que estes voltassem para casa e aguardassem novo aviso de rescisão.
Outra fonte disse à agência que a empresa deixou de promover contratações, rescindindo várias ofertas de emprego para funções regionais.
Os negócios do Sea Group seguem mostrando melhora na lucratividade, registrando 64,4% de aumento na receita no primeiro trimestre de 2022 na comparação com o mesmo período do ano passado. Os lucros brutos subiram 81,3%, para US$ 1,2 bilhão. No entanto, a maior parte da receita do grupo provém da Garena, o braço de jogos do Sea Group que inclui o popular jogo Free Fire.
Shopee encerra operações na Índia e países europeus
O Shopee anunciou que irá encerrar suas operações na próxima sexta-feira (17) na Espanha apenas oito meses após chegar no país. A companhia garantiu que os pedidos registrados até essa data serão processados normalmente. Em março, o Shopee já havia se retirado e encerrado suas operações na França. Com a saída da Espanha, o e-commerce só continuará presente em um país europeu, a Polônia.
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Também em março, a empresa anunciou o encerramento das atividades na Índia, país que já havia banido o jogo Free Fire e outros 50 jogos e aplicativos de celular vinculados à China. O Ministério de Eletrônica e Tecnologia da Informação da Índia afirmou que a decisão estava ligada à segurança e defesa nacional do país, pois havia uma suspeita de que os jogos estavam coletando dados dos usuários.
Além disso, existia um movimento no varejo da Índia contra a chegada do Shopee, que foi lançado no país em outubro de 2021. A Confederação dos Comerciantes Indianos entrou em contato com o primeiro-ministro Narendra Modi para argumentar contra a presença do marketplace, afirmando que tratava-se de um “comércio desleal”.