A mineradora Vale (VALE3) anunciou nesta terça-feira (8), que o cargo de vice-presidente executivo de Soluções de Minério de Ferro deixará de ser ocupado por Marcello Spinelli. Essa será a primeira grande mudança na diretoria sob o comando do novo presidente-executivo da mineradora, Gustavo Pimenta.
Como substituto interino de Spinelli ficará o atual diretor de Desenvolvimento de Produtos e Negócios da companhia, Rogério Nogueira. Ele assume a posição na quarta-feira (9) e permanece até 31 de dezembro.
A razão da saída de Spinelli não foi informada pela Vale. Segundo uma fonte com conhecimento do assunto, a saída de Spinelli foi a primeira mudança importante definida pelo novo presidente da Vale, que iniciou seu mandato no início deste mês, de acordo com apuração da “Reuters”.
Para Pimenta a mineradora precisa de mudanças em sua área comercial, buscando uma dinâmica de relacionamento “muito mais forte com os clientes”, segundo o veículo de notícias.
“Tem realmente uma nova dinâmica comercial que vai se instalar na companhia”, disse a fonte.
Spinelli ingressou na Vale em 2002, atuou como executivo na área de logística e foi nomeado presidente da VLI Logística e vice-presidente executivo de Ferrosos.
Vale (VALE3): após Brumadinho, pautas de ESG ganharam prioridade
O desastre da Barragem de Brumadinho (MG) gerou um alerta para a administração da Vale (VALE3) em relação à responsabilidade da empresa em questões socioambientais e de governança (ESG).
A afirmação é de José Victor Sousa, gerente-geral de reporte financeiro e controles internos da mineradora.
Em maio de 2024, a empresa anunciou que passará a adotar o padrão internacional emitido pelo ISSB (Conselho Internacional de Padrões de Sustentabilidade) para a elaboração e divulgação de um relatório de informações financeiras referente à sustentabilidade.
A mineradora quer apresentar seu primeiro relatório internacional do ISSB em 2025, após a conclusão do exercício social em curso, um ano antes do determinado pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) para a adição obrigatória por empresas abertas.
“Acreditamos que a adoção antecipada nos dará a possibilidade de atingir uma maior maturidade na elaboração do relatório para o exercício social de 2026”, disse Sousa, de acordo com o “Valor”.
A declaração foi feita durante a palestra no 25º IBGC (Congresso do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa) nesta terça-feira (8), em São Paulo.