A partir de 1º de janeiro de 2026, o Spotify terá uma nova estrutura de liderança. Daniel Ek, fundador da plataforma de streaming, deixará o cargo de CEO e assumirá a presidência executiva da companhia.
O comando será dividido entre dois executivos já veteranos na empresa: Gustav Söderström, atual diretor de produtos e tecnologia, e Alex Norström, diretor comercial. Eles assumirão como co-CEOs, dando continuidade ao trabalho conjunto que vêm desempenhando desde 2023.
A nova dupla ficará responsável tanto pela estratégia quanto pela operação da empresa, e se reportará diretamente a Ek, que continuará com papel ativo no Spotify. A nomeação dos co-CEOs ainda passará por aprovação dos acionistas, uma vez que ambos também integrarão o conselho de administração.
“Nos últimos anos, deleguei grande parte da gestão diária e da direção estratégica do Spotify para Alex e Gustav. Essa mudança simplesmente alinha os cargos à forma como já operamos”, disse Daniel Ek.
Investimento polêmico de Daniel Ek gera protestos e pressiona Spotify
O fundador do Spotify, Daniel Ek, está no centro de uma nova controvérsia após investir na startup alemã Helsing, especializada em tecnologia militar com foco em drones de combate equipados com inteligência artificial.
A empresa, que já recebeu mais de US$ 1 bilhão em aportes, foi avaliada em US$ 12 bilhões, tornando-se a maior startup de defesa da Europa, segundo a Reuters.
O envolvimento de Ek com o setor bélico provocou forte reação. Bandas como Massive Attack, King Gizzard & the Lizard Wizard e Hotline TNT retiraram suas músicas da plataforma em protesto.
O Spotify não se pronunciou oficialmente, mas encaminhou a imprensa a uma nota da própria Helsing. No comunicado, a empresa afirmou que sua tecnologia é usada apenas por países europeus em esforços de defesa contra a Rússia na guerra da Ucrânia — negando qualquer uso em outras zonas de conflito.
Essa não é a primeira vez que Ek se vê no centro de polêmicas. O executivo já foi criticado anteriormente por disputas com artistas a respeito de pagamentos e por decisões controversas nos investimentos da companhia, como a aposta bilionária em podcasts.
Enquanto seus defensores apontam que ele revolucionou a indústria fonográfica ao oferecer uma alternativa legal à pirataria, críticos acusam o Spotify de concentrar poder demais, prejudicando especialmente músicos independentes e pequenas gravadoras.