A Character.AI levantou US$ 150 milhões em uma nova rodada de financiamento liderada por Andreessen Horowitz, que avaliou a startup de chatbot de inteligência artificial em US$ 1 bilhão e está em negociações com provedores de nuvem para investimentos mais estratégicos, segundo a agência Reuters.
Em um cenário onde o financiamento de startups foi reduzido, o aporte de milhões para uma empresa com receita zero é um exemplo da explosão contínua de financiamento para o setor de inteligência artificial desde que o ChatGPT, da OpenAI, viralizou.
O investimento recebido será usado pela empresa para treinar seus modelos autoconstruídos e expandir a equipe de 22 pessoas.
O investimento em IA desde o começo de 2023 até o momento já ultrapassou US$ 1,5 bilhão. O valor corresponde ao mesmo volume do ano de 2020 inteiro, segundo dados do PitchBook.
Startup de IA
Fundada em 2021 pelos ex-pesquisadores do Google Noam Shazeer e Daniel De Freitas, a Character.AI já atraiu patrocinadores como o ex-presidente-executivo do GitHub, Nat Friedman. Entre suas funções, a companhia permite aos usuários criar acompanhantes baseados em inteligência artificial personalizados com características e valores específicos.
Desde o seu lançamento, há seis meses, a Character.AI já tem 100 milhões de visitas mensais ao site, disse a empresa, marcando uma trajetória semelhante ao ChatGPT, que estabeleceu um recorde para o base de usuários de crescimento mais rápido quando atingiu 100 milhões de usuários mensais em dois meses.
Com sede na Califórnia, a empresa está lançando um novo modelo que adiciona mais recursos de produtividade, incluindo redação de e-mails e assistência na preparação para testes, além de seus casos de uso atuais, como entretenimento, dramatização e suporte emocional.
“Começamos a empresa porque queremos colocar essa tecnologia nas mãos de todos na Terra. Um bilhão de pessoas pode inventar um bilhão de casos de uso”, disse Noam Shazeer, presidente-executivo da Character.AI.
Embora não esteja gerando nenhuma receita, a Character.AI planeja lançar uma assinatura paga “em um futuro não distante”, mantendo a versão gratuita atual disponível, disse Shazeer. Ele não descartou um modelo patrocinado por anúncios.