Startups ganham espaço na B3; conheça outras formas de investir

Além da B3, existem outras formas de pessoas físicas investirem em startups

A Bolsa Brasileira (B3) foi vista, durante muitos anos, como o ambiente das grandes empresas, mas esse olhar está mudando com as startups abrindo capital e fazendo parte da carteira de investidores.

No ano passado a B3 registrou um grande volume de ofertas públicas iniciais (IPO), só no início de 2020 cinco startups enviaram pedidos para abertura de capital, ao longo do ano o número foi crescendo.

Um exemplo é a mineira de cashback e pagamentos Méliuz (CASH3), que estreou na B3 em novembro de 2020. Na sequência foi a vez do marketplace de revenda de produtos Enjoei (ENJU3), que viu suas ações avançarem consideravelmente quando realizou o IPO.

Neste ano esse volume segue aumentando, com as empresas jovens buscando captar recursos e sendo uma boa alternativa para investidores que se interessam pela área de inovação.

Em 2021, a startup de móveis e decoração Mobly (MBLY3) debutou na Bolsa Brasileira em fevereiro, com avanço de 25% em seus papéis.

A estreia de empresas emergentes na Bolsa Brasileira pode ser uma “novidade” (não tão nova assim) no Brasil, mas é comum nos mercados do exterior, como na China e nos EUA.

Formas de investir em startups

Os IPOs das empresas emergentes estão sendo bem recebidos por investidores. Mas além da Bolsa, existem outras maneiras de se investir nas companhias. No primeiro semestre deste ano as startups brasileiras bateram um recorde de captação, arrecadando US$ 5,2 bilhões (cerca de R$ 27 bilhões), de acordo com o relatório divulgado pela Inside Venture Capital Report.

Essa captação foi feita de várias maneiras, através de aceleradoras, Investimentos Anjo, Semente ou Seed, ou por meio de séries (A, B, C, D …), ou até mesmo em plataformas que ofereçam esse tipo de serviço.

Conheça tipos de investimentos:

Investimento Anjo: pode ser feito por pessoas físicas. Esse tipo de investimento se aplica a startups que estão na fase inicial, ou seja, ainda não estão consolidadas no mercado e por isso oferecem um risco ao investidor.

Investimento via séries: o nome já é sugestivo. A série “A” é a primeira rodada de investimento feita com fundos de venture capital, sendo essa a primeira rodada significativa junto a investidores profissionais. Já as demais séries seguem a primeira.

Investimento Semente ou Seed: esse é voltado para pessoa física com alto perfil de renda ou que possua um fundo de investimento controlado pela família. As startups alvos desse tipo de investimento já estão consolidadas no mercado, sendo assim, possuem clientes e produtos definidos, mas ainda precisam de capital para expandir.