Stellantis dá novo passo para expandir Peugeot e Citroën no BR

De olho em fábrica no Rio de Janeiro, o executivo não deu detalhes sobre investimentos diante da proximidade de divulgação de resultados do grupo

Pensando no crescimento de vendas de veículos Peugeot e Citroën no Brasil, a Stellantis enxerga nova possibilidade de prosperar no país, já que as marcas enfrentam dificuldades para expandir sua participação há anos. 

A movimentação está acontecendo depois que o grupo formado ano passado encerrou 2021 na liderança de vendas da América do Sul. 

A companhia foi formada pela união da FCA com a PSA e o grupo resultante herdou o complexo fabril de Porto Real (RJ), fabricante de modelos Peugeot e Citroën além de motores. 

A capacidade máxima da fábrica é de 150 mil veículos por ano, no entanto, ambas as marcas terminaram o ano passado com vendas somadas de 52,9 mil veículos, de acordo com os dados da Fenabrave, associação de concessionários. 

O presidente da Stellantis, Antonio Filosa, disse nesta sexta-feira (7) que a fábrica em Porto Real (RJ) está subutilizada, mas irão colocar um dos principais lançamentos da Stellantis, o Citroën C3.’’ Acreditamos que ele poderá rapidamente saturar a fábrica’’, completou. 

O executivo não deu detalhes sobre investimentos diante da proximidade de divulgação de resultados do grupo. 

Em 2021 o cenário era dividido, de um lado tínhamos a Fiat, uma das principais marcas da Stellantis, conseguindo elevar sua participação no Brasil para quase 22% na liderança do mercado brasileiro,e do outro estavam as fatias de Peugeot e Citroën no país ficando ao redor de 1,5% cada. 

“A fábrica de Porto Real terá um crescimento muito mais que expressivo…Nos demos bem até agora com os lançamentos de Betim (MG – Fiat) e Goiana (PE – Jeep) e se a gente repetir a mesma receita para os lançamentos da Citroën em Porto Real também, acredito que teremos boas notícias”, explicou Filosa sobre o futuro do complexo fabril no Rio de Janeiro. 

No mês passado, Filosa acreditava que o mercado brasileiro de veículos leves “não tinha motivos” para não ter vendas de pelo menos 2,4 milhões a 2,45 milhões de unidades. 

Parece que as coisas mudaram já que durante a entrevista nesta sexta-feira(7), o executivo comentou que diante dos impactos da variante Ômicron da Covid-19 é preciso reavaliar os números. 

Em outro momento, a associação de montadoras, Anfavea, previu que as vendas de veículo leves no país crescerão 8,4% este ano, para 2,14 milhões de unidades. 

“Esperamos que esta nova onda seja rápida, mas os números começam a preocupar”, afirmou o executivo.