Stone acumula queda de 80% nos EUA

Após o recuo, a empresa tenta lutar contra a desconfiança do mercado.

Após atingir a sua máxima histórica de US$ 94,09 (R$ 517,98) em meados de fevereiro do ano passado, as ações da Stone registraram recuos contínuos. Em 31 de dezembro, os papéis negociados na bolsa norte-americana Nasdaq, onde abril capital em 2018, foram negociados a US$ 16,86 (R$ 92,81), um recuo de 82,1%.

Fora o contexto macroeconômico desafiador no Brasil para as organizações de pequeno e médio porte do setor de consumo e varejo, que é público-alvo da empresa. A confiança dos investidores ficou abalada após a empresa apresentar problemas de crédito no segundo trimestre de 2021.

“Uma das principais razões para o bom desempenho das ações da Stone em 2020 havia sido pela crença do mercado de que a companhia estava de fato conseguindo crescer o produto de crédito em uma boa velocidade. E, no primeiro semestre do ano passado, tivemos alguns sinais de que essa frente não estava se desenvolvendo da forma como imaginávamos”, diz Marco Calvi, analista do Itaú BBA, de acordo com a Folha.

Patamares elevados de inadimplência apresentados por pequenas e médias empresas, em um ano em que a economia não teve tração conforme o esperado por especialistas, bem como dificuldades operacionais para se adaptar às regulamentações.

“Veio a segunda onda da pandemia, a Stone talvez tenha sido mais agressiva do que deveria na operação de crédito, e perdeu um pouco da confiança do mercado por não ter sido 100% transparente em relatar os problemas que estavam ocorrendo”, destacou Lucas Ribeiro, analista de ações da gestora de recursos Kínitro Capital.

Da careira de crédito da organização, aproximadamente R$ 1,99 bilhão da Stone em junho de 2021, cerca de 35%, o que corresponde a mais ou menos R$ 700 milhões, estavam concentrados em clientes que não puderam amortizar o principal por 60 dias.

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